Idade e genética têm sido tradicionalmente considerados os preditores mais
confiáveis para a perda de cabelo, em mulheres e homens. No entanto, dois novos
estudos, envolvendo gêmeos idênticos, apresentados durante a última conferência
anual da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS), revelam novos fatores
de risco para a perda de cabelo em homens e mulheres.
De acordo com dados do estudo The Relative Contribution of Endogenous and Exogenous
Factors to Female Alopecia: A Study of 84 Genetically Identical Females, que
examinou dados de 84 mulheres gêmeas idênticas, o mais forte preditor de perda de
cabelo feminino foi o estado civil. Aquelas que eram divorciadas ou viúvas
apresentaram maior perda de cabelo que as mulheres casadas.
Além disso, um grande consumo semanal de álcool levou a níveis mais elevados de
perda de cabelo feminino ao longo da frente da cabeça. O tabagismo pesado foi um
fator significativo para a queda de cabelo feminina na área do templo. No entanto,
as mulheres que bebiam moderadamente - duas doses de bebidas alcoólicas por semana
- experimentaram perda de cabelo significativamente menor do que suas irmãs
gêmeas.
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"Os gêmeos idênticos são geneticamente programados para experimentar padrões
semelhantes de envelhecimento e perda de cabelo. Se um gêmeo perde mais cabelo do
que o outro, esta perda está relacionada a fatores externos", explica a
dermatologista Cristine Carvalho, diretora do CDE – Centro de Dermatologia e
Estética.
Alopécia masculina
Um segundo estudo - The Relative Contribution of Endogenous and Exogenous Factors to
Male Alopecia: A Study of 66 Genetically Identical Males - analisou dados de 66
homens gêmeos idênticos e descobriu que, embora a genética seja o mais forte
preditor de perda de cabelo masculina, ao longo da frente da cabeça, o tabagismo, a
exagerada exposição ao sol e um histórico de caspa também contribuem para uma
maior queda de cabelo nos homens.
Além disso, condições médicas - como a hipertensão, a falta de exercícios
físicos regulares - e níveis de testosterona elevados contribuem também para o
aumento das taxas de perda de cabelo nos homens.
"No dia a dia, não percebemos tanto interesse na prevenção e no tratamento da
perda de cabelo, como em fórmulas e tratamentos para rejuvenescer. No entanto, nos
deparamos com muitas mulheres e homens profundamente afetados pela perda de cabelo.
Descobrir os fatores de risco controláveis e mutáveis que contribuem para a
perda de cabelo pode nos ajudar a preveni-la com mais sucesso, pois podemos
desenvolver meios mais eficazes para controlar esta condição preocupante", defende
a médica, que também é chefe do Departamento de Fototerapia do Curso de
Pós-Graduação em Dermatologia da Fundação Pele Saudável, Instituto BWS.
Serviço:
http://dracristinecarvalho.wordpress.com