O aleitamento materno é um assunto tão importante que merece destaque em qualquer tempo. No entanto, para desmistificar informações equivocadas sobre o tema e estimular a amamentação, em agosto muitos países realizam atividades especiais na Semana Mundial do Aleitamento Materno (de 1 a 8 de agosto). Por isso, nessa semana teremos muita informação sobre o assunto aqui no Bonde.
A amamentação é fundamental para todos os recém-nascidos, fonte de vitaminas e nutrientes essenciais para o desenvolvimento do bebê, a sua alimentação deve ser feita exclusivamente com o leite materno até os seis meses e continuar, se possível, até os dois anos.
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Muito se fala nos benefícios da amamentação para os bebês, mas segundo a pediatra Danielli Serra, do Hospital e Maternidade São Cristóvão, o ato tem muito a oferecer também à mulher. Veja os benefícios listados pela médica:
Hormônio do amor - A sucção do leite é muito importante, ela estimula a produção da ocitocina hormônio que leva a contração uterina e com isso o menor risco de sangramentos e, consequentemente, menor risco de anemia materna, ajudando também a volta do útero para o tamanho normal. Além disso, ele é conhecido como hormônio do amor porque diminui a ansiedade, relaxa, acalma e faz com que a ligação entre a mãe e o bebê se fortaleça.
Valorização feminina - O vinculo materno se cria no toque da pele do bebê com a mãe. Ele causa uma sensação de bem-estar, realização e importância na mulher.
Saúde e beleza - Nos casos de diabetes gestacional, há estudos em que comprovam que o risco das mulheres desenvolverem diabetes após a gestação diminui quando estão amamentando, pois isso restaura a tolerância do corpo a insulina. E é claro que a amamentação consome calorias, o que também ajuda na perda de peso.
Bom para memória - Pesquisas também apontam que a amamentação reduz a probabilidade do mal de Alzheimer, pois normaliza a tolerância à insulina, e há indícios de que a resistência das células cerebrais à insulina pode ser uma das causas dessa doença.
Saúde prolongada - Amamentar por mais de um ano, reduz as chances de doenças cardiovasculares após a menopausa. Especialistas dizem que a amamentação diminui em 3% ou 4% as chances de desenvolver câncer de mama e ovário, pois causa alterações na menstruação e diminui a exposição da mulher ao estrógeno.
Contraceptivo - Quando o bebê suga o leito do peito materno faz com que aumente os níveis de prolactina, hormônio responsável pela produção do leite que também inibe a ovulação e diminui a chance de engravidar enquanto a mulher amamenta. Vale lembrar que algumas mulheres podem voltar a ovular mesmo no período da amamentação, quando o ciclo menstrual está bloqueado devido à supressão dos hormônios. Para que funcione como anticoncepcional é necessário que a amamentação seja exclusiva, com mamadas muito frequentes, em curtos intervalos entre uma e outra.
Todos esses benefícios podem ser facilmente atingidos quando se tem o cuidado necessário para manter a sua saúde e também a do seu bebê, a pediatra ressalta que os cuidados com o seio materno são importantes para evitar inflamações locais e até fissuras com sangramentos. Confira algumas dicas de Danielli para se prevenir de problemas que podem prejudicar a amamentação:
Antes do nascimento e mesmo depois que começar a amamentar, lave a mama com uma bucha macia, sem esfregar, massageando. Isso ajuda a diminuir a sensibilidade local;
Sempre que possível exponha os seios ao sol por 15 minutos antes das 10h e após as 16h;
Lembrar sempre que a "boa pega" do bebê diminui as chance de "empedrar" o leite pelo esvaziamento da mama e diminui o risco de fissuras dos mamilos;
Passe uma gota do seu próprio leite no mamilo e espere secar após as mamadas e apos o banho, isso ajuda a evitar as rachaduras;
Deixar que o bebê solte a mama espontaneamente, não puxe;
Lembre-se de manter seus mamilos secos.