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Cuidado!

Raiva em excesso faz mal; entenda por que esse sentimento deve ser controlado

Redação Bonde
11 ago 2014 às 08:24
- Reprodução
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Muito já se sabe sobre as causas e consequências do aumento da pressão arterial. Maus hábitos alimentares e sedentarismo, por exemplo, são algumas das causas mais comuns e conhecidas. Mas existem variáveis: sentimentos e fatores psicológicos, como a raiva, também podem favorecer o aparecimento do problema. Segundo uma recente pesquisa da Universidade de Harvard, as pessoas que apresentam acessos de raiva com frequência correm maior risco de sofrer ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral.

A raiva é um sentimento próprio do ser humano. Percebe-se a reação e o comportamento de raiva quando há agressão verbal, física, movimentos bruscos, aumento do tom de voz, gritos, xingamentos e cinismo. "É importante ressaltar que devemos avaliar a raiva com cuidado, pois a emoção é um sentimento natural e muitas vezes é justa. Então para determinar se o comportamento está inadequado, devemos prestar atenção na intensidade, na frequência e na duração da raiva, pois em excesso, poderá trazer consequências negativas para a saúde do indivíduo", explica Melina Haddad, psicóloga da Gestão de Saúde da Care Plus.

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Embora não haja certeza da ordem dos fatores, é possível associar certeiramente os acessos de raiva aos casos de hipertensão arterial. "Ainda não se sabe direito o que ocorre primeiro; se situações frequentes em que a raiva não é bem administrada podem levar a hipertensão arterial – pois a emoção libera norepinefrina que eleva a pressão diastólica do sangue – ou se o hipertenso já tem maior probabilidade de mostrar mais hostilidade e ser mais agressivo do que uma pessoa com pressão normal", aponta a psicóloga.

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Um estudo da Universidade de Harvard publicado neste ano no European Heart Journal mostra que as pessoas que têm ataques de raiva possuem maior risco de sofrer um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral (AVC) nas duas horas após o episódio. Foram analisados 5.000 casos de ataque cardíaco e 800 de AVC. Nas duas horas imediatamente após a explosão da emoção, o risco do indivíduo sofrer um infarto de miocárdio ou síndrome coronariana aguda aumentou quase cinco vezes em comparação ao tempo em que a pessoa estava calma; em relação ao AVC os riscos triplicaram. "Os riscos aumentam proporcionalmente se a pessoa tiver um histórico de problemas cardiovasculares, diabetes ou se irritar com frequência", explica Haddad.


Raiva x cura

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Segundo a psicóloga, a raiva não tem cura, pois não é uma doença, e sim, um sentimento, mas que deve ser tratado quando provoca dor e sofrimento para a pessoa que o vivencia.


"Não podemos nos prevenir das situações que ocorrem no dia a dia, pois não temos o controle da maioria delas, porém podemos nos fortalecer para enfrentar as circunstâncias sem que sentimentos ruins como a raiva, a ansiedade, tristeza, durem muito tempo".

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A especialista pontuou alguns mitos sobre a raiva que devem ser esclarecidos. Confira:


Sentir raiva sempre é negativo? Nem sempre. Muitas vezes sentir raiva pode ajudar a estabelecer alguns limites na vida, protege de situações perigosas e pode auxiliar as pessoas falarem o que sentem.


A raiva é automática e incontrolável. Mito. A raiva pode ser controlada e modificada, com tratamentos psicológicos específicos e com o auxílio de um profissional.

É saudável extravasar a raiva. Mito. Expressar a raiva deixa a pessoa mais zangada e propensa a se tornar mais agressiva em uma situação posterior.


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