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Evite complicações

Oftamologista ensina como evitar a rubéola congênita

Redação Bonde
15 ago 2013 às 13:08
- Reprodução
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A rubéola é uma doença contagiosa e muito comum na infância. A doença também pode ocorrer em adultos e está por trás da maior causa de cegueira infantil: a catarata congênita. Segundo o oftamologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, a cegueira acontece porque a imunidade ao vírus que causa a doença, o rubivírus, só é adquirida depois da segunda dose da vacina.

O especialista afirma que a primeira vacina é aplicada quando a criança completa um ano. A segunda dose é aplicada entre os 4 e 6 anos. O problema acontece porque muitas pessoas deixam de tomar a segunda dose. Por isso, o médico recomenda que no início da vida sexual toda mulher faça um teste sorológico, disponível na rede pública de saúde, para checar a imunidade ao rubivírus. Se não estiver imune, deve tomar a vacina, pois se contrair a rubéola durante uma gestação, o vírus atravessa a placenta e provoca alterações nos tecidos do feto em formação. Os sistemas mais atingidos são o cardíaco e nervoso, incluindo os olhos. Significa que além da catarata congênita, a doença também pode causar no feto surdez, retardamento mental, malformação do globo ocular (microftalmia) e até interromper a gestação.

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Sem sintomas

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Queiroz Neto afirma que o maior desafio da rubéola entre gestantes é a falta de sintomas em 80% dos casos. Só em 20% das pessoas surgem pequenas manchas vermelhas na pele, febre, dor nas articulações e aumento dos gânglios. Por isso, é comum mulheres confundirem algum mal-estar da rubéola com gripe. "Só ficam sabendo que tiveram a doença durante a gestação quando o bebê nasce com catarata", comenta. Ele ressalta que independente dos sintomas a vacina não deve ser tomada durante a gravidez. Isso porque, é produzida com o vírus vivo e pode trazer complicações para a saúde do feto.

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Sequelas da catarata congênita


O médico explica que entre crianças ou idosos as características da catarata são idênticas: o cristalino do olho fica opaco e impede que as imagens cheguem à retina, levando à cegueira se não for tratada.

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A diferença é que no caso da catarata infantil a visão está em desenvolvimento. Por isso a falta de diagnóstico logo no início pode acarretar outras doenças. Uma delas é a ambliopia ou olho preguiçoso que acontece quando só um olho é atingido pela catarata. "O esforço visual para enxergar com o olho de melhor visão anula o desenvolvimento do outro", afirma. Outras sequelas oculares que podem estar associadas à catarata congênita são: nistagmo (movimentos não coordenados dos olhos), estrabismo (desalinhamento dos olhos), fotofobia (aversão à luz) e dificuldade de fixação do olhos.


Diagnóstico

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O oftamologista afirma que o diagnóstico da catarata congênita é feito através de um exame barato e indolor. Trata-se do teste do olhinho, que deve ser realizado logo que o bebê nasce e está em vias de se tornar obrigatório em todo o país. É feito com um oftalmoscópio, espécie de lanterna com a qual o médico joga luz sobre o olho do bebê. Quando a luz emite um reflexo vermelho contínuo significa que o olho é saudável. Se o reflexo for descontínuo ou não for emitido indica catarata congênita.


Tratamento

O especialista diz que a cirurgia com implante de uma lente intraocular que substitui o cristalino opaco também é indicada no tratamento da catarata infantil. O procedimento, comenta, deve ser só feito quando o bebê completa três meses. Isso porque, proporciona melhor recuperação da função visual e pode induzir ao glaucoma se for realizado antes. Ele destaca que o comprometimento dos pais é essencial para que a criança tenha boa visão. Isso porque, é necessário estimular o desenvolvimento da visão e ter acompanhamento com um oftalmologista a cada 3 meses após a cirurgia.


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