Somente no ano de 2016, 23 bebês de até três anos se acidentaram com armas de fogo nos Estados Unidos. Em 18 desses casos, as crianças atiraram contra elas mesmas e nove acabaram falecendo em decorrência disso. Os dados são do Jornal The Washington Post e alertam para os perigos de se ter uma arma em casa.
Os casos são chocantes! Um exemplo é de uma família do Alabama que, no início de fevereiro, perdeu uma criança de nove anos após o irmão atirar nela acidentalmente depois de ter encontrado uma pistola em uma gaveta baixa.
Outro dois casos são de mães que guardavam suas armas embaixo do banco do motorista e morreram enquanto dirigiam. O que aconteceu foi que as armas escorregaram para a parte traseira do carro, ficando ao alcance das crianças, que atiraram.
De acordo com um levantamento feito pelo próprio jornal, no ano passado, acidentes com armas de fogo aconteciam, pelo menos, uma vez por semana no país. A punição em relação à negligência pode variar de estado para estado. Na Califórnia, por exemplo, basta que o responsável deixe a arma em local de fácil acesso para que receba punição. Já no Missouri, o pai somente é indiciado caso tenha entregado a arma nas mãos da criança intencionalmente.
No Brasil a posse de armas de fogo é limitada e somente quem possui autorização da Polícia Federal pode ter porte. Entre as restrições estão não ter antecedentes criminais, ter mais de 25 anos e apresentar condições psicológicas saudáveis. Além de tudo isso, a pessoa ainda precisa apresentar um motivo para requerer o porte. Ao contrário dos dados de fora, por aqui apenas 1% dos acidentes domésticos são causados por armas de fogo.
Embora Estados Unidos e Brasil tenham hábitos sociais e culturas distintas, vale considerar a situação norte-americana como um alerta e pensar bem antes de levar uma arma para dentro de casa, principalmente se você tem crianças em casa. Caso considere que a arma é realmente necessária, o conselho é mantê-la em um local muito seguro, bem longe das mãozinhas ligeiras dos pequenos. (Com informações de Superinteressante)