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Tipificação

Nova lei pode qualificar homicídios de mulheres como crime hediondo

Redação Bonde com Agência Senado
20 nov 2013 às 13:16
- Reprodução
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Um projeto de lei que tramita no Senado (PLS 292/2013) propõe a alteração do Código Penal Brasileiro para estabelecer que um assassinato será considerado feminicídio de for praticado "contra mulher por razões de gênero". A proposta estabelece que a razão de gênero será considerada quando constatadas quaisquer das seguintes circunstâncias no assassinato: violência doméstica e familiar, nos termos da legislação específica; violência sexual; mutilação ou desfiguração da vítima ou emprego de tortura ou qualquer meio cruel ou degradante. Ao ser incluído no Código Penal como um dos tipos de homicídio qualificado, o chamado feminicídio deve figurar, automaticamente, como um dos crimes hediondos.

A proposta, oriunda da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Violência contra a Mulher, tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) na forma do substitutivo apresentado pela relatora, a senadora Ana Rita (PT-ES), presidiu a CPI.

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O projeto acrescenta inciso ao parágrafo segundo do art. 121 do Código Penal, estipulando assim que o feminicídio será o sexto tipo de homicídio qualificado da legislação penal. A pena prevista para homicídios qualificados é de 12 a 30 anos de reclusão. A tentativa de homicídio também é crime.

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Além disso, a Lei 8.072/1990 estabeleceu que todo homicídio qualificado, "consumado ou tentado", é considerado crime hediondo. E todo crime hediondo não é suscetível de anistia, graça, indulto ou fiança.

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Atualmente, a legislação prevê que o homicídio será caracterizado como qualificado quando ocorrer: mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; por motivo fútil; com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido ou para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime.


Na opinião da senadora Ana Amélia (PP-RS), a mudança penal "vai completar a Lei Maria da Penha e será uma conquista de toda a sociedade brasileira". Para a senadora, a impunidade nos crimes contra mulheres ainda é muito grande, pois a justiça é ineficiente em muitos desses casos.


Para Ana Amélia, o Brasil tem "números vergonhosos" de agressões e assassinatos contra mulheres, situação "absolutamente inaceitável" em sua opinião.

Na avaliação de Ana Rita, a tipificação do feminicídio é o reconhecimento, pela lei, "que mulheres estão sendo mortas pela razão de serem mulheres, expondo a fratura da desigualdade de gênero que persiste na sociedade". Além disso, a senadora acredita que a tipificação ajudará no combate à impunidade, "evitando que feminicidas sejam beneficiados por interpretações jurídicas anacrônicas e moralmente inaceitáveis, como o de terem cometido ‘crime passional’".


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