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Na China

Mulheres solteiras aos 27 anos são consideradas 'sobras' e campanha faz alerta

Katiuscia Mizokami - Redação Bonde
12 abr 2016 às 11:24
- Reprodução
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Uma propaganda está viralizando na China por conta da campanha que está empoderando as mulheres com mais de 27 anos e ainda não se casaram. No país, existe uma grande pressão para que elas se casem e tenham filhos e caso isso não ocorra, são chamadas de 'mulheres que sobraram'.

A campanha foi criada pela marca de produtos de beleza SK-II e foi feita no estilo de minidocumentário. O anúncio está provocando um debate no país que trata as 'sheng nu', ou 'mulheres que sobraram', como um problema, já que o ideal seria priorizar o casamento e a maternidade.

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Em um comunicado enviado à BBC, Markus Strobel, presidente da empresa, afirmou que o vídeo faz parte de uma "campanha global para inspirar e empoderar as mulheres a moldar seu próprio destino".

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"Nós mostramos um problema da vida real de mulheres chinesas talentosas e corajosas que são pressionadas para casar antes dos 27 anos, por medo de serem rotuladas como 'sheng nu'", afirmou ele no comunicado.

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Na definição do governo Chinês, uma 'mulher que sobrou', se refere às que possuem 27 anos ou mais e ainda não se casaram. Existe uma pressão por parte do Partido Comunista da China para que elas arrumem um marido, por conta do desequilíbrio de gênero causado pela política do filho único, que foi revogada recentemente.


O vídeo mostra opiniões dos pais e das filhas sobre o assunto. "Na cultura chinesa, respeitar os pais é o mais importante. E não se casar é visto como o maior sinal de desrespeito", diz uma delas, sem conseguir segurar o choro. "As pessoas acham que uma mulher solteira é incompleta", afirma outra.

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Na rede social Weibo, o vídeo foi compartilhado mais de 20 mil vezes. "Eu sou solteira e precisava ver esse vídeo para saber que não estou sozinha e não tomei as decisões erradas. É possível ser feliz sem um homem. Não deveríamos ser punidas por nossas escolhas, já que não estamos prejudicando ninguém", comentou uma usuária.


A propaganda termina com as mulheres e seus pais em um 'mercado do casamento', que são locais onde as filhas são levadas com cartazes, a fim de encontrar um pretendente. Porém, as frases apresentadas na campanhas são outras.


"Eu não quero me casar só pelo fato de estar casada. Eu não serei feliz dessa maneira", diz um dos pôsteres. "Eu me oponho ao termo 'mulher que sobrou'", diz outro cartaz com a foto de uma das mulheres. "Os homens que sobraram precisam se esforçar mais", diz uma mãe.


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