Depois que o bebê nasce, o sonho de toda mãe é dormir 6 ou 8 horas seguidas. Mas as cólicas, mamadas, trocas de fraldas e choros aparentemente sem motivos quase sempre frustam essa expectativa. No entanto, para uma brasileira radicada nos Estados Unidos, é possível sim fazer com que um bebê de três meses e peso adequado durma até 15 horas por dia: doze à noite, uma de manhã e duas horas à tarde. O método, desenvolvido por Suzy Giordano, vem causando alvoroço por lá e acaba de ser apresentado no Brasil com a tradução do livro "12 horas de sono com 12 semanas de vida" para o português, lançado nesta semana pela Editora Zahar. Segundo a autora o treinamento é rígido, mas o sucesso do método é garantido. Quer saber mais sobre essa fórmula milagrosa? Confira a seguir algumas dicas do livro de Suzy Giordano:
Quem deve se adaptar é o bebê, não a família
De acordo com Suzy, o grande problema das choradeiras do bebê à noite está no tipo de ensinamento que os pais dão às crianças, como dar a mamadeira, tirar do berço e ninar o bebê ou usar cadeirinha vibratória a cada choro na hora do sono. Mas mal sabem os pais que os bebês tendem a pular as mamadas à noite quando são alimentados corretamente durante o dia. Os ensinamentos básicos de Suzy começam impondo ao bebê, assim que sai da maternidade para a casa, a rotina do ambiente.
"Por exemplo, durante a soneca deles, assim como a campainha pode tocar, os irmãos mais velhos devem ter autorização para rir alto e a máquina de lavar deve ser usada. Se não for assim, a família acaba vivendo em um ambiente de tensão e medo no qual cada respiração recebe um olhar torto. E mais do que isso: você ensina seu filho a dormir apenas em um ambiente silencioso e artificial", explica Giordano na publicação, reforçando que o método também funciona com crianças acima de um ano.
Deixar o filho chorando copiosamente não é a solução
Ninar o bebê ou colocá-lo em uma cadeira de balanço repetidas vezes até ele dormir é praticamente criar uma criança que, aos dois anos, não vai querer sair do colo. Nas primeiras semanas, que são de adaptação, o bebê vai chorar, mas o sono ficará cada vez melhor.
"Talvez permitir que a criança chore desesperadamente produza resultados mais rápidos, mas, na minha opinião, isso pode ser emocionalmente desgastante tanto para os pais quanto para a criança. Deixar uma criança chorar a noite toda sem fazer nada para acalmá-la vai contra o sentimento protetor natural dos pais", ressalta a baby coach.
Ferramentas para acalmar o bebê durante a noite
É importante que a mãe se faça presente quando o choro da criança ficar mais intenso, mas isso não significa que é necessário tirar o bebê do berço. Fique de pé ou sente-se próximo ao berço. Em seu livro, Suzy Giordano dá outras dicas valiosas.
"Ofereça a chupeta. Dê batidinhas leves na barriga com a mão, com seu brinquedo favorito ou com o cobertorzinho dele. Coloque sua mão de maneira firme sobre a barriga do bebê, ou sussurre frases como 'Está tudo bem', 'Mamãe está aqui', 'Papai te ama', 'Sei que é difícil ser um bebê' etc", sugere. Mudar a criança de posição, mostrar o brinquedo favorito ou ligar a música do móbile são outros truques que ajudam a tranquilizar a criança durante o treinamento para o sono das 12 horas.
Chupetas ou chupar o dedo: o que pode e o que não pode
O sono do bebê está tranquilo e de repente começa o chororô. Nesses casos, é comum a mãe correr e colocar a chupeta para consolar a criança. O método é válido, mas não pode se tornar frequente. "Tente usar a chupeta apenas quando ele estiver no berço tirando suas sonecas ou durante o sono noturno, depois que a rotina diária de mamadas estiver estabelecida. Senão você corre o risco de acabar com uma criança de dois anos e meio que corre o dia todo com uma chupeta na boca", explica Suzy Giodano em 12 horas de sono com 12 semanas de vida.
E se a maneira que o bebê usa para se consolar é chupando o dedo, deixe. "É uma forma de se acalmar sozinho e, desde que o dedo do seu bebê não fique grudado na boca dele 24 horas por dia, é um hábito que se pode permitir durante o primeiro ano de vida", ensina. (Fonte: GNT)