Uma pesquisa realizada pelo fabricante de preservativos Durex revelou que metade da população brasileira não está nada satisfeita com a sua vida sexual. De acordo com os dados do levantamento, 51% dos homens e 56% das mulheres se sentem infelizes com suas relações.
O estudo ainda aponta que de mais de 60% dos brasileiros têm dificuldade para assumir um problema sexual, reduzindo drasticamente as chances de cura e melhora do quadro.
Essa informação já havia sido apontada anteriormente por uma pesquisa realizada pelo Projeto Sexualidade (ProSex), da USP, conduzido pela professora Carmita Najjar Abdo. Depois de ouvir mais de 10 mil pessoas em 19 cidades, o estudo constatou que menos de 30% dos homens que apresentam alguma disfunção sexual procuram ajuda médica. "O preconceito é um erro grave, pois a doença, quando diagnosticada precocemente, é mais fácil de ser tratada", destaca o médico Evandro Cunha, do Hospital Urológico de Brasília.
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A pesquisa da Durex também questionou os participantes quanto aos orgasmos. Nesse aspecto, 52% dos homens afirmaram sempre chegar lá, enquanto apenas 22% das mulheres declararam ter a mesma sorte.
Em entrevista ao site Bolsa de Mulher, a ginecologista e obstetra Barbara Murayama disse que esses números representam a dificuldade que muitos casais têm para falar sobre sexo. Para ela, a maioria ainda enfrenta tabus e não busca informações para melhorar a vida sexual. "Acho importante incentivar as mulheres a conhecerem seu corpo, descobrirem suas preferências e dizê-las claramente ao seu parceiro", esclarece. A especialista lembra ainda que, apesar de decepcionadas com o desempenho de seus parceiros, a grande maioria das mulheres não consegue conversar abertamente com o companheiro sobre o assunto. "O homem não tem como adivinhar as preferências da mulher. Se ela falar o que gosta e como gosta, será mais fácil atingir o orgasmo e melhorar o relacionamento", orienta.
Uso de preservativo
Realizada em 37 países, a Durex Global Sex Survey entrevistou 1.004 pessoas entre 18 e 65 anos. De todos os países avaliados, o Brasil é onde mais usa preservativo na primeira relação: 66% dos brasileiros afirmaram não abrir mão da camisinha. Mesmo assim, o número ainda é considerado baixo por especialistas, visto que as Doenças Sexualmente Transmissíveis são muito frequente e algumas não têm cura. (Com informações do Bolsa de Mulher)