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Mapeamento genético

Luta contra o câncer: saiba mais sobre a cirurgia preventiva feita por Angelina Jolie

Redação Bonde
31 mar 2015 às 10:55
- Reprodução
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O mapeamento genético para a prevenção do câncer é novamente o assunto em pauta em jornais, revistas, na televisão e nas rodinhas de conversa por ai. O motivo? A nova cirurgia profilática da atriz e diretora Angelina Jolie, de 39 anos. Em 2013, ela passou por um procedimento de dupla mastectomia e agora retirou os ovários e as trompas devido às chances de desenvolver o câncer.

Angelina anunciou que se submeteu a uma cirurgia preventiva para retirada dos órgãos em um artigo de opinião, publicado pelo jornal "New York Times", um dos mais respeitados dos Estados Unidos. No texto, a atriz, que perdeu a mãe, a avó e uma tia para a doença, explica que tem uma mutação no gene BRCA1 o que representa um risco de mais de 80% de desenvolver câncer de mama e quase 50% de ovário.

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O exame de mapeamento genético é feito de forma gratuita para os pacientes do Hospital de Câncer de Barretos. Sempre que há a necessidade, o médico especialista da instituição fará o encaminhamento para o Departamento de Oncogenética, que vai estudar o caso.

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Mapeamento genético

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A oncogenética é a subespecialidade médica responsável pela detecção e acompanhamento de indivíduos portadores de alguma das Síndromes Hereditárias de Predisposição ao Câncer. Em raros casos, uma pessoa já pode nascer com uma predisposição maior de desenvolver tumores, pois trazem em seu DNA esta tendência – são as chamadas mutações germinativas. Cerca de 5% dos cânceres de mama se enquadram nesta situação, por exemplo.


Como havia casos de câncer na família da famosa atriz, a probabilidade de ela vir a ter a doença aumentaria significativamente. No artigo, ela contou ainda que os médicos disseram que o nível de uma proteína chamada de CA-125 no sangue, monitorada para detectar o câncer de ovário, era normal. No entanto, havia, segundo ela, uma série de marcadores inflamatórios altos.

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Com o resultado na mão, Angelina não pensou duas vezes e se submeteu a uma "salpingo-ooforectomia bilateral laparoscópica", que retirou os ovários e as trompas de falópio. "Meus filhos não vão precisar dizer que a mãe deles morreu de câncer", escreveu ela que tem seis filhos, sendo três biológicos e três adotivos.


Segundo o médico oncogeneticista e coordenador do Departamento de Oncogenética do Hospital de Câncer de Barretos, Henrique Galvão, o risco de uma mulher da população em geral de ter o câncer de ovário é de apenas 1,5%, mas se houver a mutação, as chances crescem drasticamente e sobem para 45%.

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"Angelina brasileira"


A atriz e embaixadora da boa vontade da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), usou de sua fama e reconhecimento mundial para falar sobre o assunto. No artigo, Angelina escreveu que sabe que decisões como a que tomou não são fáceis, mas que é possível assumir o controle e enfrentar qualquer problema de saúde de frente. "Você pode buscar o aconselhamento, estudar as opções e tomar as decisões que são apropriadas para você. O conhecimento é o poder para resolver esses problemas", concluiu no texto.

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Mas para quem acha que isso é só mais uma história de Hollywood, está enganado. A dona de casa Benedita do Socorro, de 47 anos, também teve que realizar o procedimento de retirada dos ovários e trompas de falópio. Em 2011, a moradora de Porto Velho, em Rondônia, no norte do Brasil, descobriu que estava com um cisto em um dos ovários. Logo depois a cirurgia revelou que em um deles poderia ter câncer.


A dona de casa começou o tratamento na instituição e fez acompanhamento genético. Durante o estudo, os médicos descobriram que ela tinha a mesma mutação da atriz norte-americana e que o ideal seria retirar o outro ovário, as trompas e também o útero.

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"Quando fiquei sabendo, eu perdi o chão. Não sabia o que fazer, mas tive muito apoio da minha família, dos médicos e psicológico. Eu sempre quis ter filhos, era meu sonho. Mas entre meu sonho e minha vida, eu preferi ficar com a minha vida e lutar por ela", afirmou.


Agora, o Departamento de Oncogenética a aconselhou a fazer uma dupla mastectomia. "Eu ainda tenho chances de desenvolver a doença e pode ser nas mamas, os médicos me disseram para pensar e discutir com a minha família as chances que terei realizando ou não o procedimento", explicou.

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Consequências


De acordo com o cirurgião oncológico Carlos de Andrade, quando a cirurgia de retirada dos ovários e trompas é feita, a mulher que ainda não havia entrado na menopausa vai entrar de forma cirúrgica, pois ela vai parar de produzir os hormônios estrógeno e progesterona. Além disso, realizando o procedimento, as chances de ela vir a desenvolver a doença diminuem.


"Quando uma mulher que não tem mutação faz a cirurgia para retirar esses órgãos, ela tem uma diminuição da expectativa de vida e vai ter alguns problemas. Já a mulher que tem a mutação, quando realiza a cirurgia, ela aumenta a expectativa e a qualidade de vida", disse.


Para as mulheres que souberam do caso e ficaram aflitas, o coordenador da oncogenética explica que a predisposição hereditária ao câncer é uma situação rara. "Uma conversa com o ginecologista ou um mastologista de confiança é o caminho mais adequado para esclarecimentos."


Excelência em oncologia, o Hospital de Câncer de Barretos registra 4.100 atendimentos/dia, 100% pelo SUS. Acolhe pacientes de todo o Brasil, com profissionalismo e humanização, o grande diferencial da instituição. Em 2000, foi escolhido pelo Ministério da Saúde como o melhor hospital público do país. Em 2011, tornou-se "instituição irmã" do MD Anderson Cancer Center (EUA), o maior centro de tratamento e pesquisa de câncer do mundo, e ainda recebeu um prêmio da AVON como "Campeão Mundial em Avanço na Área Médica no Combate ao Câncer de Mama". Em 2012 assinou acordo com o Saint Judes Children´s Research Hospital e tornou-se "instituição gêmea".

O Hospital fechou o ano de 2014 com 740.069 atendimentos realizados a 129.550 pacientes vindos de 1.756 municípios de todos os estados do país - um recorde de cobertura. Foram realizados 12.149 procedimentos cirúrgicos, 70.078 quimioterapias, 7 sete mil refeições servidas/dia e déficit operacional de R$ 11 milhões/mês. Além disso, reúne 380 médicos e mais de 3.500 funcionários.


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