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Estresse afeta mais a saúde das mulheres do que a dos homens

30 mai 2014 às 11:20

Todos os dias, mulheres de todo o País precisam enfrentar uma verdadeira maratona para cuidar dos filhos e dar conta dos afazeres domésticos. Como se não bastasse, a maior parte delas ainda encara oito horas intensas de trabalho e quase não encontra tempo para viver momentos de lazer ou simplesmente descansar de maneira apropriada. Por causa dessa rotina, os níveis de estresse apresentados pelas mulheres podem superar consideravelmente o dos homens. "A maior parte deles não tem que lidar com uma jornada dupla e às vezes até tripla de trabalho, como as mulheres. Por isso, todos os males derivados do excesso de tensão e ansiedade que dão origem ao estresse podem afetar a parcela feminina da população de maneira ainda mais intensa", diz Silvia Cury, chefe do serviço de psicologia do Hospital do Coração - HCor, de São Paulo.


Desequilíbrio hormonal


Outra razão pela qual o estresse pode ser ainda mais prejudicial à saúde das mulheres está no desequilíbrio hormonal que ele pode provocar. Em situações cronicamente estressantes, o organismo feminino libera, entre outros hormônios, uma quantidade ainda maior de cortisol – cuja função é deixar o corpo em estado de alerta. Isso pode resultar em diferentes problemas de saúde como falta de apetite sexual, menstruação desregulada, acne, perda de cabelo, má digestão, depressão, insônia, ganho de peso, diminuição da fertilidade e problemas no coração. "Homens e mulheres tem reações emocionais diferentes diante de situações que geram frustração, nervosismo e irritação. Como são mais emotivas, as mulheres também podem sucumbir aos efeitos do estresse com mais facilidade", explica Silvia. "Por isso é que, neste caso, elas podem ser mais suscetíveis a problemas cardiovasculares", acrescenta a psicóloga.


Controlando o estresse

Para que as mulheres possam controlar o estresse Silvia aconselha que, além de tentar evitar fatores que possam acentuar os níveis de tensão como discussões e desentendimentos em família, por exemplo, elas devem implementar novos hábitos em sua rotina. Segundo ela, atitudes como praticar atividades físicas regulares, manter uma alimentação balanceada, não beber, não fumar e procurar dormir de seis a oito horas por dia, sem interferências, já podem diminuir bastante os sintomas do problema. "Também é importante que a pessoa procure manter os níveis de colesterol estáveis e tente perder alguns quilos, caso esteja muito acima do peso. Isso ajuda a manter o corpo saudável e dá mais disposição para enfrentar os desafios do dia a dia", conclui a psicóloga.


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