Legenda: Fatores hormonais e alterações de humor fazem o sexo feminino sofrer mais com a falta de sono
A insônia é um problema que atinge uma parcela significativa da população mundial. Pessoas com dificuldade para dormir sofrem problemas cotidianos como o lapso de atenção e a falta de desempenho em atividades necessárias como o estudo e o trabalho. Contudo, os efeitos da insônia são mais danosos para a saúde das mulheres do que dos homens.
Já se sabe que a privação do sono aumenta o risco de problemas cardiovasculares no indivíduo, como a hipertensão, além de aumentar o risco de infartos e derrames. Mas a novidade é que esse risco é ainda maior para as mulheres que dormem pouco, de acordo com pesquisadores do University College e da Universidade de Warwick, de Londres. Eles concluíram que os índices de marcadores inflamatórios, utilizados na identificação de doenças cardiovasculares, variam no período de sono das mulheres. Esse fator, contudo, não o mesmo para o sexo masculino.
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No estudo, as mulheres que dormiam por períodos inferiores a cinco horas por dia apresentaram maiores níveis da proteína C, uma molécula ligada a problemas cardíacos. Além disso, as mulheres constituem maior fator de risco pelo fato de serem mais propensas a distúrbios que dificultam o sono, principalmente psicológicos. É o que explica a chefe da Disciplina de Medicina e Biologia do Sono na Unifesp (Univerdidade Federal de São Paulo) e médica do Instituto do Sono, Lia Rita Azeredo Bittencourt.
"As mulheres são mais suscetíveis à insônia por motivos genéticos e hormonais, pois a redução da progesterona na menopausa favorece a vigília, além de distúrbios de humor, como ansiedade e depressão, que são mais frequentes em mulheres", afirma a especialista.
A menopausa tem início geralmente entre os 45 e 50 anos e, como apresenta fator favorável ao aparecimento da insônia, é um período no qual as pacientes precisam estar atentas aos efeitos causados à vida cotidiana. Caso haja dificuldade em dormir durante a noite, recomenda-se a ida a um especialista em sono para que os efeitos do sono ruim não se juntem aos da menopausa, acarretando danos mais sérios ao organismo. (Fonte: Minha Vida, Saúde, Alimentação e Bem-estar)