Um estudo realizado pela American Academy of Sleep Medicine mostrou que dormir bem é um dos segredos para a longevidade. A pesquisa, publicada na revista científica Sleep, foi a primeira a analisar problemas de sono em uma grande amostra de adultos de idade avançada.
A partir da análise de 2.800 pessoas, cuja idade varia entre os 60 e 100 anos, os resultados mostraram que cerca de 65% das pessoas relataram que sua qualidade de sono foi boa ou muito boa e o tempo médio diário de sono foi de 7,5 horas, incluindo cochilos.
Os mais velhos (de 100 anos ou mais) e os adultos (acima de 70) foram os que mais relataram boa qualidade de sono em comparação aos participantes mais jovens, com idade entre 65 a 79, após controle de variáveis como as características demográficas, socioeconômicas e de saúde. Além disso, a pesquisa apontou que os homens são 23% mais propícios a ter uma boa noite de sono, em comparação com as mulheres.
Desdobramentos de uma 'nem tão' boa noite de sono...
Os problemas de saúde foram associados com pior qualidade de sono. Entre os avaliados, 46% dos participantes que tiveram a auto-avaliação de saúde insatisfatória também relataram não dormir bem. As chances de um bom sono foram também menores em pessoas que muitas vezes se sentiam ansiosas, que tinham pelo menos uma doença crônica e dificuldades com as tarefas diárias.
O estudo envolveu a análise dos dados da Pesquisa de Longevidade Saudável feita na China. Realizada em 2005, essa amostra foi composta por 15.638 adultos com 65 anos de idade ou mais. Segundo os autores, a população da China, com mais de 1,3 bilhão de pessoas, inclui a maior população de idosos no mundo, tornando o país um recurso valioso para estudar a longevidade saudável. O Banco Mundial estima que a China tem cerca de 40.500 mil pessoas de 75 anos de idade e mais velhos.
A pesquisa chinesa constatou que o acesso aos cuidados de saúde e o status econômico foram fortemente relacionados com a boa qualidade de sono. O total de 84% dos participantes que relataram dormir bem tinham assistência médica adequada e 56% relataram boa qualidade de sono quando a família estava em boa condição econômica.