A noite deste domingo (5) marcou o 'renascimento' da australiana Dana Vulin. Em 2012, aos 26 anos, ela foi vítima de um ataque brutal e teve 60% do seu corpo queimado, em um crime que chocou o país. Ontem, depois de dois anos e meio de uma dolorosa - e quase milagrosa - recuperação, ela finalmente retirou a máscara e desfilou sua transformação para familiares e amigos. O momento da revelação foi registrado pelo programa Sunday Night, do Channel Seven.
Na época do acidente, os médicos não acreditavam que Dana sobreviveria à gravidade das queimaduras de terceiro grau.
O crime
Em meados de 2012, Dana viu sua vida se tornar um pesadelo, quando foi atacada por uma esposa que sentiu ciúme por ver a jovem conversando com seu marido na festa. Dias depois, ela estava em sua casa quando ouviu uma voz conhecida lhe chamar. Era Natalie Dimitrovska, a esposa ciumenta, que lhe atirou uma garrafa de álcool etílico ao ver que Dana levava um cigarro à boca. "Eu estava em chamas, era uma bola de fogo humana, e quando olhei pra Natalie, ela apenas riu e saiu da minha casa", contou a australiana ao Tribunal da Austrália na ocasião do julgamento, quando a agressora foi condenada a 17 anos de prisão.
Em desfile para amigos e familiares, Dana revelou o resultado das 30 cirurgias a que se submeteu durante dois anos
Desde que saiu do coma, Dana passou a usar uma máscara pressurizadora para aliviar as dores e proteger seu rosto do sol e da poluição. Agora, após mais de 30 procedimentos cirúrgicos, ela resolveu que já era hora de se livrar da máscara e decidiu fazer isso em público. "Teria sido mais fácil morrer, mas a vida nunca nos dá o caminho mais fácil. Sei quem eu sou, só que é duro porque você não consegue ver minha boca, nem meu nariz ou sobrancelha. Literalmente só meus olhos conseguem ser vistos. Me sinto um nada", desabafou dias antes de deixar de usar o acessório.
E como se não bastasse tanta dor e sofrimento, Dana descobriu recentemente que tem câncer de colo do útero. Mesmo assim, ele não se deixou abater. "Quando o médico deu o diagnóstico, fechei os olhos e pensei até quando minha vida vai passar por esses pesadelos. Mas sou uma pessoa forte e aprendi, quando fui queimada, que nada do que aconteça muda nossa essência. Sou confiante na mulher guerreira que me tornei".