Pouca gente sabe, mas nesta segunda-feira (25 de maio) é celebrado o Dia Internacional da Criança Desaparecida. A data foi criada para recordar as crianças cujo destino continua desconhecido e em solidariedade a seus familiares. Além disso, é uma oportunidade para refletirmos sobre os perigos que cercam nossas crianças todos os dias.
A iniciativa surgiu em 1979 nos Estados Unidos, após o rapto de Ethan Patz, de 6 anos, que desapareceu no dia 25 de maio em Nova Iorque e nunca foi encontrado. Nos anos seguintes, pais, familiares e amigos reuniram-se para assinalar o dia do seu desaparecimento e, em 1983, também em 25 de maio, o ex-presidente Ronald Reagan oficializou a data no país. em 1979, após o rapto de Etan Patz. Na Europa, a data foi introduzida em 2002 pela Child Focus, ONG criada na sequência do caso Marc Dutroux (belga que raptou, violou e matou quatro meninas).
Quando uma criança desaparece, as possibilidades do que pode ter acontecido são inúmeras: fuga, rapto, crime, pedofilia, prostituição e tráfico são algumas delas. Não há estatísticas globais sobre o desaparecimento de crianças, no entanto, vários países divulgam anualmente o número de desaparecimentos comunicados às autoridades. Na África e na Ásia porém, esses dados são praticamente inexistentes. Em seu relatório sobre tráfico de crianças, a UNICEF afirma que a maioria dos casos ocorre nestes continentes. O caso de Togo, onde uma em cada oito crianças é vendida para fora do país.
No Paraná, o desparecimento de crianças fica aos cuidados do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride). O órgão alerta a população para a facilidade de acesso que os criminosos têm aos pequenos. "Para evitar que a criança seja levada, é importante que os pais estejam sempre atentos aos filhos. Devem ensinar que não podem conversar e nem aceitar qualquer coisa de estranhos, como brinquedo, doce ou oferta de ir a um lugar novo", lembra a delegada-titular do Sicride, Iara Laurek Dechiche.
Em 2014 o Sicride solucionou todos os casos de crianças desparecidas no Estado, mas dois casos relativamente recentes seguem em aberto: o desaparecimento de João Rafael Santos Kovalski, de 2 anos, visto pela última vez no dia 24 de agosto de 2013, no quintal de sua casa em Adrianópolis; e o de Stefani Vitória Rochinski, desaparecida no dia 4 de maio de 2012, em Porto Amazonas, quando tinha 10 anos. se alguém tiver alguma informação sobre os casos, ou sobre qualquer criança que tenha desaparecido, pode comunicar o Sicride pelo telefone (41) 3224-6822.
Na internet, diversas ações são divulgadas na tentativa mostrar aos pais o quanto seus filhos são vulneráveis. Uma das campanhas mais impactantes foi produzida na Malásia em 2013, para alertar os pais sobre a facilidade que os criminosos encontram em raptar os pequenos, especialmente em momentos de distração ou descuido dos familiares (confira abaixo).
No início deste mês, um experimento social viralizou nas redes sociais ao mostrar como é fácil iludir e convencer uma criança a sair de perto dos pais. No vídeo, mesmo os pequenos considerados pelas mães como bem orientados para não falar com estranhos, não pesaram duas vezes para seguir um homem que as atraía com um cachorrinho. O experimento evidencia uma realidade assustadora. Assista: