Para a maioria das mulheres o atraso da menstruação pode ser uma dádiva ou um tormento. Para quem espera ansiosamente pela chegada de um bebê o atraso é motivo de comemoração. Já para quem faz de tudo para evitar uma gravidez, pode ficar de cabelo em pé se o sangramento não ocorrer no dia certo. Mas e quem não se encaixa em nenhuma destas situações? Quando a mulher deve, de fato, se preocupar com o atraso ou falta da menstruação, e porque ela falhou? O site Diário de Biologia listou 10 motivos, além da gravidez, que podem levar à ausência menstrual.
Gravidez
A primeira e mais comum razão para a ausência de menstruação é a gravidez. No início da gravidez muitas mulheres sentem cólicas abdominais, inchaço e sensibilidade nos seios, os mesmo sintomas que sentem na TPM. Mas se a menstruação não veio, e a mulher teve relações sem proteção é hora de fazer um teste de gravidez. O melhor é aguardar pelo menos uma semana de atraso, mas muitos testes já conseguem detectar o gonadotrofina coriônica humana (mais conhecido como hCG, hormônio liberado durante a gravidez) mais cedo.
Estresse
O estresse pode resultar em diversos problemas de saúde como dores de cabeça, ganho de peso, acne e outros problemas de pele. Mas se a mulher estiver muito estressada, isso pode interferir na regularidade do seu ciclo menstrual. Isso acontece porque quando estamos sob estresse físico ou emocional, o corpo produz hormônios como a adrenalina e o cortisol. Quando os níveis hormonais sobem além do esperado o cérebro precisa decidir quais funções no organismo são essenciais neste momento. O fluxo sanguíneo é levado para os músculos e há aumento dos níveis de oxigênio nos pulmões, enquanto isso, sistemas como o digestivo e reprodutor podem diminuir ou cessar suas atividades em casos de extremos de estresse.
Doenças
É importante tentar lembrar qual foi a última vez que a ovulação aconteceu. Se nesta época a mulher esteve doente, com uma forte gripe, alguma infecção ou outra doença mais grave, o organismo também pode escolher quais funções devem ser preservadas. Desse modo, a ovulação pode ser adiada ou não acontecer, o que significa que a menstruação pode atrasar ou não ocorrer.
Peso
O peso pode afetar o hipotálamo, uma região do encéfalo com função de regular diversos processos metabólicos, inclusive a menstruação. Se houver perda extrema de peso e baixa ingestão calórica, isso irá afetar o hipotálamo e o corpo não produzirá o estrogênio necessário para construir o revestimento do útero que terminará na menstruação. Assim, casos de bulimia e anorexia podem atrasar ou interromper de vez o ciclo menstrual. Por outro lado, o excesso de peso também irá interferir nas funções do hipotálamo, produzindo estrogênio em exagero. A sobrecarga deste hormônio pode resultar em meses sem ovular e, portanto, sem menstruação. Muito ou pouco peso, assim que a mulher retorna um peso ideal, tudo volta ao normal com o ciclo menstrual.
Excesso de exercício físico
Praticar exercício físico é sempre um ótima opção. Mas, algumas mulheres costumam exagerar na malhação que, somada à restrição alimentar, leva à baixa produção de estrogênio. Em algumas mulheres que praticam muito exercício físico como bailarinas, atletas e ginastas profissionais é muito comum haver episódios de amenorreia (falta de menstruação por três meses ou mais). Mas, não é preciso ser atleta para mexer com o ciclo menstrual, qualquer mulher que malha excessivamente sem ingerir calorias suficientes para manter as atividades básicas do organismo, pode ter a menstruação interrompida por alguns meses.
Mudanças drásticas nos horários
Acredite: mudar drasticamente seus horários pode resultar em um atraso menstrual. Por exemplo, se durante muito tempo uma mulher trabalhou no período da noite e não consegue descansar o bastante durante o dia, seu relógio biológico fica atrapalhado e seus hormônios ficam desregulados, resultando em atraso menstrual. Com os horários voltando ao normal, tudo se resolve!
Amamentação
A mulher que está amamentando também pode ficar por longos períodos sem menstruar, uma vez que a prolactina (hormônio responsável pela produção do leite materno), também suprime a ovulação. Muitas mulheres ficam meses e até mais de um ano sem menstruar enquanto amamentam, mas, nestes casos a falta de menstruação não indica que a mulher não pode engravidar, por isso tome cuidado! Depois do desmame do bebê a menstruação volta ao normal.
Medicação
Os medicamentos que mais causam alterações menstruais são os anticoncepcionais. As pílulas fazem o corpo parar de ovular. Mas o que é aquele sangramento que as mulheres têm quando estão tomando pílula? Podemos dizer que aquilo é uma menstruação "fake", também conhecida como "hemorragia de privação". Ela é causada pela ingestão de hormônios que interferem na produção hormonal do organismo. Muitas vezes os hormônios da pílula agem por tanto tempo que o sangramento praticamente cessa. Alguns destes medicamentos são projetados para parar a menstruação por um longo período de tempo (três meses ou mais). A pílula do dia seguinte também pode atrasar a menstruação, assim como, antidepressivos, antipsicóticos, corticoides e medicamentos quimioterápicos.
Desequilíbrio hormonal
Síndrome do ovário policístico (SOP) é uma condição em que os hormônios sexuais femininos estão fora de equilíbrio. A SOP pode causar cistos nos ovários e impedir a ovulação ocorra regularmente. Os sintomas da SOP são aumento do volume ovariano, ausência ou irregularidade da menstruação, ausência de ovulação, aumento de peso, aparecimento de acne, crescimento de pelos no rosto e outros locais em que a mulher normalmente não tem pelos, queda de cabelo, resistência insulínica e problemas de fertilidade.
Distúrbios na tireoide
A tireoide é responsável pela produção dos hormônios tireoidianos (T4 e T3), que desempenham importante papel no metabolismo e funcionamento de praticamente todos os sistemas e órgãos do corpo. Quando esta glândula não funciona corretamente, pode causar alterações menstruais. O hipertireoidismo pode causar menstruações com pouco fluxo e menos frequentes, ou mesmo interrompê-la por algum tempo. Sintomas adicionais incluem perda de peso, taquicardia, aumento da sudorese, fadiga, pele seca e insônia.
Periomenopausa
Perimenopausa é o período que antecede a menopausa. Nesta fase há alterações hormonais importantes, especialmente nos níveis de estrogênio e progesterona. Além das falhas menstruais, na perimenopausa podem ocorrer os famosos fogachos (ondas de calor intenso) e, sintomas psíquicos, como tristeza, desânimo, irritabilidade e instabilidade emocional, ou seja, grande flutuação do humor. Muitas se queixam, ainda, de insônia e alterações da memória. (Fonte: Diário de Biologia)