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Mulheres na ciência

Brasileira cria teste para detectar vírus da aids mais rápido

Redação Bonde
20 fev 2017 às 17:29
- Divulgação/CSIC
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A brasileira Priscila Kosaka conseguiu um feito que pode mudar completamente a forma de diagnosticar o HIV. Ela criou um teste junto com uma equipe de pesquisadores do Conselho Nacional de Investigação da Espanha, que usa um bissensor capaz de detectar o vírus durante a primeira semana após a infecção.

O exame atual é feito, geralmente, após um mês da primeira exposição ao HIV. A espera é devida ao período no qual o corpo ainda não começou a produzir anticorpos suficientes para serem encontrados.

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Existem dois testes possíveis até agora para detectar o vírus da aids, um dele é muito complicado e inacessível, pois é bastante caro; outra já é muito mais acessível financeiramente, mas não é muito prático, pois ele mostra resultados em aproximadamente quatro semanas após a infecção.

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A cientista conseguiu aprimorar este último para que o resultado fosse muito mais rápido. Em entrevista para a EXAME.com, ela informou como funciona, "O sensor é como um trampolim de piscina. Ele vibra com uma determinada frequência quando há algo sobre ele". O biossensor é usado para depositar o material obtido na coagulação do sangue.

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Nanopartículas de ouro são colocadas em cima do sensor e fazem as proteínas p24 brilharem. "A especificidade é tão alta que a taxa de erro é quase mínima", informa. Ela também explica que a estrutura do biossensor com as nanopartículas de ouro faz do exame muito mais sensível que o teste mais antigo à proteína24.


Os resultados do teste de Kosaka leva aproximadamente cinco horas com todos os exames, que podem ser obtidos no mesmo dia. A nova técnica da cientista também revoluciona no tempo de espera para fazer os testes, com isso, vai ser possível para as pessoas expostas ao vírus, que logo após uma semana já se submetam aos testes.

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A tecnologia já foi patenteada pelo Conselho Nacional de Investigação da Espanha e uma empresa detém sua licença. mas Kosaka conta que a tecnologia ainda precisa ser validada com amostras humanas antes de chegar ao mercado. "Iniciaremos os estudos clínicos e esperamos que até o final deste ano possamos aprovar o uso do sensor em amostras humanas", afirmou.


Após os testes clínicos, ainda será preciso esperar a aprovação de uso pelas leis da Europa e dos EUA. "O plano é que o biossensor esteja disponível para hospitais e instituições do governo dentro dos próximos quatro anos", diz Kosaka. A cientista ainda informa que mesmo não sabendo ainda o preço da nova tecnologia para o mercado, a intenção é de que seja acessível.

(Com informações de Saúde)


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