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Consulta pública

Após acidentes, Inmetro vai adotar novas regras de segurança para berços

Redação Bonde
08 set 2015 às 09:23
- Reprodução
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Acidentes com berços levaram o Inmetro a buscar novas regras de segurança para os bebês. Na última semana, o instituto lançou uma consulta pública para uma ampla revisão das normas de segurança. Todos os 337 modelos diferentes de berços registrados deverão passar por ajustes. Em fevereiro deste ano, um bebê de 6 meses morreu asfixiado entre o vão lateral de um berço portátil e o seu colchão. Por causa do acidente, a fabricante teve que fazer um recall. A empresa divulgou, em junho, um comunicado para mais de 250 mil usuários do modelo recomendando a suspensão do uso até a instalação de um kit adicional enviado aos clientes.

Este recall chamou a atenção dos pais e alertou aqueles que ainda não tinham conhecimento: os berços podem oferecer muito perigo se não apresentarem normas rígidas de segurança. "O berço é o local onde o bebê passa muitas horas e existem muitos perigos ocultos nesse ambiente", comenta a empresária e consultora de enxoval de bebês, Paula Laffront. "Um berço de qualidade, com certificações e parâmetros de segurança é fundamental. E existe muita diferença de uma marca para outra", diz.

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Nos Estados Unidos, por exemplo, algumas características são obrigatórias e o Brasil está atrasado nesse sentido. As marcas mais seguras têm o colchão mais pesado e fixo que protege o bebê e impede a passagem dele garantindo proteção, inclusive contra asfixia. "Além disso, a estrutura do berço precisa estar firme e ele não pode dobrar facilmente ou criar um V nas dobradiças quando aberto. Também, é preciso que tenha o pé estrutural central para evitar que tombe e que nenhuma parte dele - principalmente os cantos - esteja rachada, lascada ou quebrada. Isso evita que o bebê se machuque em quinas ou engula partes e lascas do material", explica.

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O lugar mais indicado para o bebê dormir é o berço - seja ele fixo ou portátil - ou então um moisés com colchão reto e plano. Não se deve usar cobertor, travesseiro, bicho de pelúcia ou nada que seja solto no berço. "O lençol deve ser apenas aquele com elástico, que fica bem esticado e preso ao colchão. Aqui nos Estados Unidos, não existe o lençol de cima, usado no Brasil, pois ele também oferece riscos". Para proteger a criança em noites mais frias recomenda-se o uso de sacos de dormir, que vestem o bebê. Essa é a melhor forma de manter o bebê aquecido no berço sem a necessidade de um cobertor.


Referência na consultoria de enxoval para crianças, Paula Laffront explica que os protetores de berço, no Brasil, são muito fofos e volumosos, por isso, muitas vezes os pediatras são contra o uso. "É importante frisar que esse também é um item que deve ser levado em consideração quando o assunto é a segurança do berço, já que os modelos menos volumosos diminuem bastante o risco de asfixia. O nosso papel, como consultoras, é justamente esse: orientar e indicar as opções do mercado que oferecem segurança, independente da marca, etiqueta e moda", comenta Paula.


Entre todas as mudanças da nova regulamentação do Inmetro, três são as mais importantes: a inclusão na certificação de berços pendulares, de berços de balanço e de modelos com menos de 90 centímetros de comprimento. Com isso, esses produtos precisariam seguir uma série de exigências para serem comercializados. O Inmetro acredita que a nova regulamentação deve ser publicada até o fim do ano.

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