Você já deve ouvido falar no termo "trombose". A palavra costuma assustar muita gente, em especial, quando o assunto é cirurgia plástica. Mas é preciso entender que alguns cuidados básicos e simples durante o pós-operatório podem evitar o desenvolvimento de uma trombose. Isso porque a doença, considerada a terceira mais frequente do sistema cardiovascular, tem como uma de suas causas principais falhas na coagulação de sangue.
Geralmente ela acontece nas pernas, isso porque há uma lentidão maior para que o sangue chegue ou circule nessas regiões. Uma de suas principais características é a formação de trombos, chamados também de coágulos. Estes, consequentemente, obstruem o sistema vascular e impedem (ou dificultam!) a circulação sanguínea.
Para Fabrício Veloso, diretor clínico e anestesista da Dream Plastic (clínica especializada em cirurgias plásticas), a complicação desse quadro pode resultar numa embolia pulmonar (EP ou TEP). "Ela acontece quando a obstrução ocorre no sistema vascular pulmonar, causando dor torácica e dificuldade respiratória. Em casos extremos, pode ser fatal", alerta. O fato dos pacientes permanecerem deitados por muito tempo também pode gerar complicações nesse tipo de caso.
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O médico explica que no caso da embolia pulmonar o coágulo sanguíneo pode ir para os pulmões, causando uma obstrução também nessa área. "Desta forma, pode haver uma gravidade ainda maior, chegando a prejudicar a respiração do paciente", afirma.
Sintomas
Os sintomas da doença são dores em uma das pernas, provocando nesta um inchaço; perda de sensibilidade; alteração na cor da pele (avermelhada); ou pele com temperatura quente na região em questão. É possível haver ainda dores na panturrilha - ao caminhar – ou ainda no peito.
Em casos de embolia pulmonar, entre outros sintomas, estão a tosse, falta de ar, respiração ofegante e palpitações. No entanto, um alerta: há alguns casos em que nenhum desses sintomas são perceptíveis, dificultando o diagnóstico e a cura.
Quem pode ter trombose
Pessoas propensas a desenvolver essa doença possuem obesidade, histórico de trombose, idade superior a 40 anos, varizes em membros inferiores, diabetes, câncer, bem como os pacientes fumantes, imobilizados por longos períodos (avião etc), que fazem uso de hormônios ou ainda que são submetidos a anestesia geral. Daí a importância de se consultar com um anestesista antes de qualquer cirurgia.
Como evitar a trombose
Uma das principais atitudes a se tomar é decidir, na consulta com o médico anestesista, o tipo de anestesia que será utilizada durante a cirurgia plástica. "É possível utilizarmos, por exemplo, a anestesia chamada peridural, que possui efeito antitrombótico, em vez de aplicarmos no paciente a anestesia geral", explica ele.
Outras alternativas são o uso de meias elásticas e elevação das pernas no pós-operatório, bem como o uso de dispositivo automático de compressão pneumática. Este que é semelhante a um massageador e comprime os membros inferiores em intervalos regulares. "O uso de anticoagulantes em doses preventivas (profiláticas) em casos de pacientes com histórico ou grandes riscos de trombose também é recomendado", orienta o especialista.
Serviço:
Clínica Dream Plastic (www.plasticadosonho.com.br)