Com as enchentes que estão acontecendo em várias regiões do país, há um grande
aumento no risco de surtos de doenças transmitidas pela água e por alimentos
contaminados. Entre as principais doenças estão a leptospirose, hepatite A e
diarréias. O alerta é de Jaime Rocha, infectologista do Frischmann Aisengart /
DASA.
Segundo o especialista, a leptospirose é uma zoonose (doença que se transmite do
animal ao homem) de distribuição mundial, mais comum em países em
desenvolvimento de clima quente. O contágio acontece por meio do contato com
dejetos animais infectados ou água contaminada, especialmente urina.
Jaime Rocha reforça que os moradores podem se contaminar por contato direto ou
indireto com urina ou sangue de animais. No Brasil este tipo de doença está
relacionado às inundações, quando a urina de ratos contamina os rios e os
córregos. As leptospiras podem penetrar no corpo através de fissuras na pele,
membranas mucosas e conjuntiva ou diretamente, pela pele exposta por longos
períodos à água contaminada pelo agente.
A doença instala-se, em média, depois de três a catorze dias da exposição ao
agente, causando uma doença aguda com sintomas que variam entre leves e severos
a, até, fatais. "Mas, inicialmente, não é possível saber como cada paciente
evoluirá", afirma o infectologista.
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Em casos suspeitos de exposição à bactéria, pode-se recomendar medicação
profilática, o que ficará a critério das autoridades locais. Outro ponto
importante é o diagnóstico e o tratamento precoces. "Todos os moradores que
tiveram suas casas atingidas e que apresentem quadros de febre, dores
musculares e dores de cabeça devem procurar ajuda médica e comentar sobre o
caso suspeito", recomenda o médico.
Hepatite A
De acordo com Jaime Rocha, a hepatite A é uma doença viral que pode causar um
dano agudo ao fígado. Os sintomas são febre, mal-estar e icterícia (amarelão),
com período de incubação mais longo (30 dias, em média). "Além dos cuidados com
a água há a possibilidade de vacina pós-exposição para as pessoas que nunca
tiveram a doença ou nunca receberam a vacina", lembra o infectologista.
Outras doenças transmitidas pela água e por alimentos contaminados podem mais
raramente vir a acontecer em situações como esta. Os exemplos são cólera e
febre tifóide. "As autoridades devem manter rigorosa monitoração dos casos
doentes e orientar outras vacinas e medidas conforme for necessário", diz o
especialista.
Jaime Rocha também lembra que, nos próximos tempos, haverá um maior risco para
um grande surto de dengue, devido ao difícil controle dos focos de proliferação
do mosquito, principalmente devido à água parada. Portanto, os moradores e os
voluntários também deverão fazer um esforço extra para reestruturar suas
cidades e tomar precauções contra o mosquito. As indicações são o uso de
repelentes que contenham DEET em concentrações superiores a 35%. Por último,
segundo o infectologista, existe o risco de acidentes perfuro-cortantes mais
frequentes. "Todos devem verificar se a vacina contra o tétano está em dia",
conclui o médico.
Precauções para evitar a ingestão de água e de alimentos contaminados
- Usar somente líquidos engarrafados ou enlatados;
- Usar somente água tratada quimicamente, passada por filtros especiais ou
fervida;
- Preferir alimentos assados e cozidos;
- Ingerir somente as frutas e vegetais que possam ser descascados;
- Lavar as mãos antes e após o preparo de alimentos ou refeições;
- Não se pode considerar a água como segura para consumo baseado em aparência,
odor ou sabor e, infelizmente, não há métodos totalmente satisfatórios de uso
rápido.
Lavagem de verduras, frutas e hortaliças
- Coloque numa bacia plástica a água tratada ou fervida misturada com água
sanitária, na proporção de 1 colher de sopa de água sanitária para cada litro
de água;
- Lave as verduras, frutas e hortaliças com água corrente em abundância.
Agite-as e depois as mergulhe por 30 minutos na bacia plástica preparada
anteriormente;
- Lavar novamente com água tratada ou fervida para retirar a água sanitária.
Tratamento Químico
Hipoclorito de sódio (25mg/ml) - 3 gotas / litro, por 60 minutos. Aumentar a
dose em águas frias ou turvas. Existem produtos prontos na forma de
comprimidos, como o Clorine. Usar conforme bula.
- Tratamento tem pobre ação em água retirada diretamente de rios devido à
presença de grande quantidade de matéria orgânica e inorgânica suspensa. Talvez
deva ser associado com a filtragem;
- Tratamento tem ação contra bactérias e vírus.
Medidas úteis
- Descasque as frutas;
- Use filtros portáteis;
- Enterre as fezes com, no mínimo, 30 centímetros de profundidade e, no mínimo,
30 metros de qualquer fonte de água. Faça uma vala comum se o grupo tiver mais
de três pessoas.
Higiene pessoal
- Lavagem das mãos antes da alimentação e após evacuação;
- Lavagem dos utensílios de cozinha com água e sabão.
Sobre o Frischmann Aisengart Medicina Diagnóstica
O Frischmann Aisengart nasceu há 64 anos e é considerado uma referência para o
segmento de medicina diagnóstica na região. Com forte presença nas áreas
hospitalar e ambulatorial é o líder de mercado na capital e Região
Metropolitana. Possui mais de 600 colaboradores e 41 unidades. São mais de três
mil tipos de exames de análises clínicas e diagnósticos por imagem que
contemplam serviços e soluções diferenciados com qualidade, rapidez e alto
padrão de atendimento como a coleta domiciliar, vacinas e unidade da mulher. O
Frischmann Aisengart faz parte da DASA, maior empresa de medicina diagnóstica
na América Latina e quinta maior no mundo. Para mais informações:
www.labfa.com.br .
Sobre a DASA
A DASA é a maior empresa de medicina diagnóstica na América Latina em termos de
receita bruta e população e a quinta maior rede no mundo. Com mais de 12 mil
colaboradores, atende aproximadamente 55 mil pacientes por dia em 328 unidades.
Processa em média, 6,5 milhões de exames por mês. Oferece mais de três mil tipos
de exames de análises clínicas e diagnóstico por imagem. Atualmente, o grupo é
formado por 20 marcas em treze estados - Delboni Auriemo, Lavoisier e
Maximagem, em São Paulo; Bronstein, Lâmina e MedImagem, no Rio de Janeiro; Club
DA, em São Paulo e Rio de Janeiro; Pasteur e Exame, em Brasília; MedLabor, em
Brasília e Tocantins; Curitiba Santa Casa e Frischmann Aisengart, em Curitiba;
Laboratório Álvaro, em Cascavel e Foz do Iguaçu; CientíficaLab, no Espírito
Santo, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro; Image Memorial, em Salvador;
VITA Lâmina, em Florianópolis; Atalaia, em Goiás; Cedic e Cedilab no Mato
Grosso; e LabPasteur e Unimagem, em Fortaleza.