Mercado em pauta

Para investir em inovação, tempo é dinheiro

05 fev 2010 às 18:40

Empresas e indústrias precisam começar a se planejar para conseguir acompanhar e se beneficiar das chamadas públicas para financiamentos nas linhas de P&D

O primeiro trimestre de 2010 pode ser decisivo para guiar os investimentos em Pesquisas e Desenvolvimento no Brasil. Isso porque, além das gigantes multinacionais, que podem criar seus próprios centros de inovação, um modelo que beneficia a grande maioria das empresas é o Open Innovation. Aliado a este modelo de inovação aberta estão as chamadas públicas para contratação de financiamentos, que podem sair a qualquer momento, dar oportunidade para as empresas inovarem, além de serem ou não reembolsáveis.

"A previsão é de que muitas chamadas públicas sejam abertas nestes primeiros meses do ano, período em que as empresas já devem estar preparadas a se candidatar aos benefícios fiscais que as chamadas públicas proporcionam", explica Eduardo Peixoto, executivo chefe de Negócios do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R), centro de inovação que atua também como desenvolvedor da inovação por meio do Open Innovation. "Não há como prever quando estas oportunidades virão, mas é preciso estar preparado tanto na identificação de pontos para a defesa da inovação até a forma de captação, execução e gestão do projeto como um todo", completa Peixoto.

Para este ano, os incentivos podem ser ainda maiores do que 2009. Só a Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia (Finep) superou no ano passado R$ 900 milhões em operações de crédito, mais de 60% acima de 2008. Em 2010, a perspectiva do desembolso pode chegar a 80% a mais. Ou seja, R$ 1,6 bilhão.

Quando a inovação aberta é a melhor saída

O Open Innovation é um modelo de gestão em que a empresa abre suas portas para novas ideias e tecnologias dos centros de inovação. Tudo para agregar ainda mais valor ao conceito de inovação, de forma mais rápida e com mais oportunidades. Proporciona uma série de desafios estratégicos, culturais e organizacionais para empresas, principalmente as brasileiras, que apresentam um cenário extremamente favorável à prática. "Apesar dos inúmeros desafios que a implementação da inovação aberta traz para os gestores de inovação, o Brasil apresenta diversas frentes favoráveis, como o cenário econômico-financeiro, a disponibilidade de recursos de fomento, os incentivos fiscais previstos pela Lei do Bem e a disseminação da cultura de inovação nos meios acadêmicos e empresariais", explica Eduardo Peixoto, executivo chefe de Negócios do C.E.S.A.R.

O Open Innovation possibilita também que as empresas que contratam os centros de inovação aberta possam usufruir das leis de incentivo fiscal, como a Lei do Bem. De acordo com o Relatório Anual de Utilização dos Incentivos Fiscais Lei 11.196/05 – Ano base 2006, divulgado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, utilizaram-se dos incentivos 130 empresas, que somaram benefícios reais de cerca de R$ 229 milhões. Já no ano de 2007 (dados mais recentes do MCT), o número de empresas beneficiadas aumentou para 334, com benefícios de R$ 883 milhões.

Sobre o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R.) – Com atuação de mais de 13 anos, o C.E.S.A.R. é um instituto privado de inovação que desenvolve produtos, processos, serviços e empresas com base na Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Atua como intermediador de centros de pesquisas, universidades e empresas, gerando uma rede de conhecimento para a realização de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I). Conta com mais de 500 colaboradores nas cidades de Recife, São Paulo e Curitiba, esta última onde está situado o C.E.S.A.R. Sul, braço do instituto responsável pela abrangência de empresas regionais bem como o estudo do mercado local. Site: www.cesar.org.br


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