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MVC participa de propgrama de logística reversa de compósitos no Paraná

09 mar 2015 às 11:28

Objetivo é fazer a correta destinação de resíduos sólidos das indústrias

A MVC, empresa brasileira líder no desenvolvimento de produtos e soluções em plásticos de engenharia e pertencente às Empresas Artecola e Marcopolo, participará do programa de Logística Reserva (PALR) criado pela a Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (ALMACO). Com implementação prevista para 2015, o projeto promove a destinação correta desse tipo de material, contribuindo para o futuro do Brasil e do planeta.

Segundo Gilmar Lima, diretor-geral da MVC, a iniciativa visa à criação de uma estratégia que viabilize a logística reversa de peças de compósitos no Paraná, Estado sempre pioneiro nesse tipo de prática e que foi escolhido para o programa-piloto da ALMACO. "É fundamental que as empresas e seus executivos entendam que todos devam manter o foco na reciclagem e na preservação ambiental. Temos que prever a correta destinação de resíduos sólidos, como a fibra de vidro, poliuretano e plásticos compósitos, por meio da logística reversa, para reduzir o impacto causado à natureza. Começaremos pelo Paraná, mas em breve esta exigência estará nos demais Estados brasileiros", explica o executivo.

O programa de Logística Reversa ALMACO determina que são alvos as empresas cujas atividades contribuam com a geração de resíduos pós-consumo de materiais compósitos no Estado do Paraná, independentemente do local da sede da empresa. Isso inclui fornecedores de matéria-prima, fabricantes, transformadores, importadores, distribuidores e comerciantes, que deverão participar do projeto de forma a garantir os recursos necessários à operacionalização e gestão do programa.

"É fundamental que tenhamos o auxílio do maior número possível de participantes que, de alguma forma, atuam num setor tão versátil como o de compósitos. A ideia é ter um programa viável econômica e tecnicamente. Por ser lei, todas as empresas deverão atender e a ausência de uma estratégia consistente de logística reversa resultará em punições aos responsáveis e corresponsáveis pelo descarte", revela.

Para facilitar a implantação do programa nas empresas participantes será criado um material didático para explicar sua importância, meta e riscos. A ALMACO também abordará o tema em todos os seus seminários e eventos. A primeira fase do programa de Logística Reversa (PALR) conta com o apoio da Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus) e a participação das empresas Ashland, CPIC, Jushi, LORD, Marcopolo, Mascarello, Morquímica, MVC, Neobus, O-tek, Owens Corning, Reichhold, Royal Química e Tecnofibras.

Na segunda fase do programa, será definida a companhia responsável pela gestão da logística reversa. A seguir, acontecerá a implantação propriamente dita do PALR o que deverá ocorrer no final de 2015.

MVC e a sustentabilidade

Participante do Projeto Devolva, desde 2011, a MVC investe em programas sustentáveis em todas as suas unidades. O projeto surgiu por meio da ONG Associação Fukuoka do Sul do Paraná, para realizar a coleta de diversos resíduos sólidos gerados por empresas ou condomínios. Tem como objetivos destinar adequadamente o material coletado; contribuir com a preservação ambiental; estimular práticas de gestão que permitam a sustentabilidade; conscientizar a sociedade sobre o depósito correto de lixo, e reduzir a quantidade de detritos encaminhada a aterros ou incineração.

No Brasil, cerca de 13.000 toneladas de resíduos (entre rebarbas de processos e peças com defeitos) são enviadas anualmente para aterros sanitários pelas empresas. A eliminação do envio de resíduos para aterros, a redução da geração de detritos e a implantação de processo de reciclagem de termofixos (fibra de vidro) fazem parte do compromisso ambiental da MVC.

"Nossos objetivos incluem a ampliação para 50% da utilização de polímeros de fontes renováveis, redução de consumo de energia elétrica, água e gás, ter produtos 100% recicláveis e a promoção da sustentabilidade nas comunidades nas quais a empresa está presente", finaliza Lima.

Por meio da logística reversa, os resíduos gerados nos processos produtivos são recolhidos e encaminhados para pesagem e separação. Posteriormente, o material segue para reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final. Um certificado de destinação correta e um relatório de quantidade coletada são enviados à empresa.


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