Pesquisa analisa 12 indicadores tradicionais na área de recursos humanos e revela resultados interessantes para o mercado
Melhor desempenho na gestão de pessoas preserva a competitividade das empresas num ambiente de negócios mais difícil, sugere a sétima edição do "7° Benchmarking Paranaense de Recursos Humanos". O estudo, produzido pela Bachmann & Associados, em parceria com a ABRH-PR – Associação Brasileira de Recursos Humanos do Paraná, foi divulgado recentemente. Os resultados da pesquisa são importantes aliados no processo de gestão, principalmente no momento econômico atual, avalia o diretor da Bachmann & Associados, Dórian L. Bachmann. "Os dados podem ainda encorajar e estimular os gestores a buscar níveis mais elevados de desempenho e se prepararem para enfrentar períodos críticos", coloca.
A pesquisa analisou 12 indicadores tradicionais na área de recursos humanos como, por exemplo, rotatividade, absenteísmo, retenção, horas extras pagas, terceirização e treinamento, com base nos dados de 2014, e contou com a participação de 218 organizações (13% micro ou pequena, 27% de médio porte e 60% de grande porte). A amostra incluiu pouco mais de 200 mil colaboradores. O estudo traz um retrato da gestão de pessoas no Paraná e mostra que houve melhoria no desempenho das empresas e adaptação ao cenário adverso da economia. Aponta saudável redução no número de horas extras pagas e na quantidade de terceirizados, mas mostra redução no tempo direcionado a treinamento. Indica tênue melhoria na taxa de acidentes.
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Resultados em destaque
Em relação à rotatividade, a pesquisa aponta que, em média, o indicador atingiu 38,5%, valor mais baixo se comparado com 2014, que foi de 41,4%. Cenário diferente para o comércio, especialmente influenciado pelo segmento varejista, que apresentou rotatividade de 62,3%, mais elevada que serviços (39,5%) e indústria (34,6%).
Resultado importante se refere ao índice de retenção de colaboradores. A análise indica que quase dois terços das empresas apresentaram retenção inferior a 90% nos primeiros 90 dias da contratação. Essa perda por iniciativa dos empregados foi de 19,4% (comércio), de 16,6% (serviços) e de 9,8% (indústria). A participação feminina na força de trabalho se manteve estável, atingindo a faixa de 40%.
No indicador absenteísmo, a pesquisa sinaliza que as empresas perderam 2,2% do tempo dos empregados devido às ausências. E o absenteísmo médico provocou perda de 1,0% do tempo contratado.
No que se refere às horas extras pagas, a pesquisa mostra que, em média, corresponderam a 2,9% das horas trabalhadas. A redução pode ser considerada como reflexo de melhor gestão ou de menor demanda no mercado. Em 2013, o índice ficou em 3,4% e no ano anterior, 5,1%. O grau de terceirização também reduziu nos últimos anos: caiu de 13,9% em 2009 para 8,5% em 2014.
A pesquisa indica ainda que as organizações investiram 1,2% do tempo de seus empregados em treinamentos, o que corresponde a aproximadamente 32 horas por empregado no ano. E que o maior percentual de empregados sem o ensino fundamental estava nos segmentos da construção pesada e de logística. Mas, em média, 10,2% dos empregados da amostra são pós-graduados.
A sétima edição do "Benchmarking Paranaense de Recursos Humanos" assinala também que, considerando o universo de empresas pesquisados, 39,7% dos empregados receberam algum tipo de remuneração variável. No entanto, 28% das organizações ainda não adotam qualquer forma de remuneração variável ou por resultado.
O estudo registra que na média as empresas da amostra apresentaram Taxa de Frequência de Acidentes com Afastamento (TFCA) de 8,01 acidentados por milhão de horas trabalhadas. A meta de "acidente zero" foi alcançada por 61 (28%) das organizações.