O sistema de consórcio de imóveis vem crescendo em média 30% ao ano, segundo dados da ABAC – Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios. Em Curitiba, a Ademilar superou em muito a média nacional: apresentou um crescimento de 72% nas vendas no ano de 2006, um recorde para a empresa. Dois fatores influenciaram esse excelente desempenho, segundo Tatiana Reichmann, diretora da empresa. O primeiro é o aumento do valor médio das cotas vendidas, que passou de R$ 60 mil em 2005 para R$ 69 mil em 2006, refletindo também a procura por imóveis de maior valor, já que existe a possibilidade de somar várias cotas e investir até R$ 450 mil em um único bem.
O segundo ponto é o novo plano de pagamento lançado em 2006, que prevê que o consorciado pague apenas 70% do valor da prestação até a data da contemplação, quitando os valores pendentes nas parcelas seguintes. "Isso impulsionou as vendas dentre as pessoas que pagam aluguel e também entre investidores", explica Tatiana. A Ademilar completou recentemente 15 anos de fundação, mantendo em média 5 mil clientes ativos.
No total, a empresa colocou no mercado imobiliário em 2006 nada menos que 38,5 milhões de reais para investimentos em compras e construção de imóveis novos e usados, na forma de créditos para clientes contemplados. Da mesma forma, durante o ano, a Ademilar vendeu R$ 109 milhões em créditos a serem distribuídos nos próximos anos, conforme contemplação por sorteio ou lance.
Para o presidente nacional da ABAC, Rodolfo Montosa, "o crescimento dos consórcios de imóveis deve-se ao planejamento que o consumidor vem fazendo. Ao comparar a compra de um imóvel pelo Sistema, mesmo acrescido do pagamento do aluguel, ele observa ser menor o que estaria desembolsando do que se comprasse financiado, incluindo as taxas de juros cobradas e sem considerar os valores disponibilizados com entrada e com eventuais parcelas intermediárias". Montosa completa lembrando que "ao participar de um grupo de consórcios, o futuro proprietário de um imóvel não paga juros, que por si só é um grande diferencial financeiro".
Na somatória de janeiro a setembro de 2006, foram comercializadas nacionalmente 151,34 mil novas cotas, 18,6% mais que as 127,59 mil, no mesmo período, em 2005. Também no acumulado de contemplações, nos nove primeiros meses do ano, houve alta, 31,9%, em relação ao ano anterior. De janeiro a setembro de 2005 somaram 23,9 mil e nesses mesmos meses de 2006, superaram 31,4 mil.