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Rubens Barrichello

30 set 2009 às 16:54

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Alguns humoristas tratam Rubens Barrichello como um perdedor. Suas piadas, repetidas à exaustão, levam os pobres de espírito a acreditar que ele o seja de fato. Se, porém, analisarmos a sua trajetória, constataremos que ele foi cinco vezes campeão e três vezes vice-campeão brasileiro de Kart, campeão da Fórmula 3 Inglesa e, na Fórmula 1, 3º lugar em 2001 e duas vezes vice-campeão mundial em 2002 e 2004, ficando atrás apenas do estatisticamente maior piloto de todos os tempos, Michael Schumacher.

Para muitos isso tudo não basta. Tem de ser campeão. Aliás, tem de ser o maior campeão de todos os tempos. É dessa maneira que educamos nossos filhos. O que queremos a eles (ou seria "deles"?) é que sejam os melhores. Não falamos isso diretamente, mas com comentários e piadas acerca da incompetência de quem não consegue ser campeão. Ser o segundo é pior que ser o último, pois todos se esquecem deste rápido, mas aquele passa a ser alvo de críticas, piadas de mau gosto e chacotas.

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QUEIMA ESSA BANDEIRA, MEU!


Lembra-me agora um fato que ocorreu com meu amigo Daniel Loureiro, da banda Iguaranoise, que tocava MPB e que musicou algumas poesias minhas: Num show, em julho de 1998, Daniel colocou uma bandeira do Brasil à frente da bateria; chegou um cidadão, talvez embriagado, e lhe disse, jocosamente, que ele deveria queimar aquela bandeira, pois dias antes o Brasil havia perdido para a França na final da Copa do Mundo por 3 x 0. Patriotismo? Só nas vitórias! É vice-campeão? Foi derrotado!

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BEM-ESTAR COM O SEGUNDO LUGAR


Os atletas são modelos aos jovens (quando um brasileiro é campeão em alguma modalidade, esta passa a ter um sem-número de novos adeptos). Eles deveriam ser instruídos para demonstrar ao menos bem-estar com um segundo lugar. O que vemos, porém, é desolação e infelicidade. Os jovens seguem seus modelos e buscam ser os melhores sem saber que isso é quase impossível.

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QUANDO CHEGA O BOLETIM...


Exigem-se das crianças as melhores notas na escola, mas muitos pais não acompanham a sua vida escolar; jamais abrem seus cadernos ou material didático, nunca conversam sobre o que se aprende na escola. Não, não. Estou errado! Conversam, sim. Conversam quando chega o boletim ou quando têm de pagar a mensalidade ou de fazer a matrícula. Se o boletim apresenta notas boas, dão os parabéns e falam pouco sobre isso posteriormente; mas, se as notas são ruins, isso se transforma na conversa da semana, às vezes do mês.

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Muitas crianças cujos pais são ausentes percebem que as atenções se voltam para si quando o boletim vem cheio de notas baixas. Esse é o único momento em que seus pais focam a atenção exclusivamente nelas. Inconscientemente algumas delas passam a estudar menos e a tirar notas baixas, pois sabem, lá no seu íntimo, que é a única maneira de obter a atenção tão desejada.


PEDAGOGIA DO ERRO – MARCIA GUIMARÃES

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Alguns pais, querendo ‘melhorar’ seus filhos, enfatizam os erros destes esquecendo-se dos acertos, pensando que assim aprenderão que não devem agir de tal maneira, e sim do modo adequado. Criticam o mau comportamento enfaticamente e elogiam pouco o bom comportamento. Essa forma de proceder é denominada pela professora e palestrante Marcia Guimarães de Pedagogia do Erro: destaca-se o que é errado, o que é negativo, o que é ruim. Os jovens crescem pensando no erro, mas focados no esforço para ser o melhor. Com isso se estabelece um paradoxo: "Preciso ser o melhor, mas só tenho em minha mente o que fiz de errado; como agir adequadamente se o que gravei foi o mau comportamento?".


Querer ser o primeiro em tudo só leva à ansiedade, por ser impossível conseguir isso. Cada erro é um suplício, e os acertos nem são percebidos. Para que querer ser o melhor? Não seria mais interessante estar entre os melhores? Assim haveria a troca de experiências, o enriquecimento afetivo, a comparação entre as atitudes próprias e alheias e a consequente aprendizagem pelo exemplo das pessoas com as quais convive.


VIVA RUBENS BARRICHELLO!

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Precisamos ressaltar as boas qualidades de nossos filhos e ensiná-los a buscar a felicidade. Precisamos destacar o bom comportamento e ensinar que a vida feliz está no conviver bem com os demais, nos relacionamentos ricos afetivamente, no ser melhor a cada dia - não melhor do que os outros, mas no sentido de melhorar-se sempre. Precisamos ensinar a respeitar os que lutam por uma vida melhor e mostrar os bons exemplos. Então, viva Rubens Barrichello, que está entre os melhores pilotos do mundo há tanto tempo!


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