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ENEM; MAIS UMA VERGONHA!

08 out 2009 às 10:49
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Foi cancelado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2009, a princípio agendado para ocorrer nos dias 03 e 04 de outubro. O motivo? vazamento das provas. A palavra "vazamento" é usada metaforicamente; o significado figurado dela é, segundo o dicionário Houaiss, "ato de fazer-se pública uma notícia que não deveria ser divulgada". Alguém se apoderou das provas, ou de partes delas, e tentou vendê-las.

Essa notícia causa constrangimento ao nosso país, já tão conhecido pelas falcatruas dos políticos em geral e pelos atos degenerados de muitos brasileiros em visita a outros países. O conceito sobre nós é tão negativo que, em alguns países europeus, os atendentes de lojas são orientados a dar atenção especial aos turistas brasileiros; não por os considerar importantes ou bons clientes, mas sim para evitar furtos, praticados, na maioria das vezes, por brasileiros. Isso não é suposição; é fato noticiado pela imprensa de nosso país. Aliás, quem nunca teve algo furtado, ou quem não conhece alguém que tenha tido algo furtado em locais que, a princípio, deveriam ser seguros? Já tomei conhecimento de furtos em salas de professores e salas de aula de boas escolas, em casa na qual ocorre uma festa com amigos íntimos, em grupo escoteiro, onde supostamente só há ‘pessoas leais e honestas’. É fato corriqueiro, mas, como disse Itamar Assumpção na música "Z da questão": "Bate um desespero ver alguém matar alguém por meros 30 dinheiros. Fato corriqueiro, mas não me acostumo nem gosto do cheiro".

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CONSTERNADO, DESOLADO, TRISTE

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O caso Enem não me deixou indignado, revoltado, enfurecido, como já fiquei em inumeráveis outros casos de corrupção, de mensalão federal ou mensalinho municipal, de vazamento de notícias sigilosas ou atos secretos, de desvio de verbas, de achacamentos, de pedido de propina pelos políticos repugnantes, de eleição de bandidos descarados, de roubos praticados por pseudogovernantes já milionários, entre dezenas de outras imundícies praticadas no Brasil. O caso Enem me deixou consternado, desolado, triste mesmo. Quando li a notícia, fiquei perplexo e pensei cá com meus botões: "Chegamos ao fundo do poço". Mas, depois, refleti melhor e cheguei a outra constatação: no fundo do poço há uma picareta, e sempre há um canalha, político ou não, disposto a cavar mais profundamente para beneficiar-se, mesmo que para isso prejudique milhões de pessoas. Esses patifes são incompassíveis, ou seja, não se importam com o sofrimento alheio. A única coisa que lhes interessa é ampliar a sua conta bancária para garantir fortuna a várias de suas pestilentas gerações.
Será que não haverá mais solução para o nosso país? Será que perpetuaremos essa detestável característica tão afamada nos quatro cantos do mundo, e nós, cidadãos íntegros, teremos de suportar para todo o sempre esse cheiro de esgoto que exala das câmaras municipais, estaduais e federal, esse cheiro de dejeção que exala dos gabinetes dos poderes executivo, legislativo e judiciário, esse cheiro de lixo que exala das salas de incontáveis instituições públicas e privadas? Há cheiro de podridão espalhado pelo país todo, em todos os níveis de formação educacional e de conhecimento. O pior é que a maioria não comete esses crimes por necessidade financeira; é mau-caratismo mesmo. Não que o roubo por necessidade seja defensável, mas, quando ela existe, há a possibilidade de indulgência, principalmente em um país com uma distribuição de renda tão injusta.


A BANDIDAGEM ESTÁ PERTO DE NÓS

Não pense, leitor, que esse problema passe ao largo de sua vida (É comum pensarmos que estamos longe dos problemas, que não há ética só em Brasília, etc.). Os bandidos estão perto de nós, na mesma empresa, no mesmo escritório, na mesma loja, na mesma igreja, na mesma escola. É impossível identificá-los; eles não têm cheiro nem cor diferentes; são iguais a nós. Eles conseguem dissimular muito bem seu feitio moral. Alguns se travestem de protetores do povo; outros chegam a usar o nome de Deus para ganhar a confiança dos mais incautos.
Eles estão em todos os lugares. Não podemos, porém, permitir que se instalem em nosso lar. Para isso, é preciso olhar com atenção o que ocorre em casa, principalmente com nossos filhos e seus amigos. É preciso "fiscalizar" as ações dos jovens para que estes não aprendam a agir com má-fé. É preciso ser o exemplo a ser seguido, e isso se consegue não com meras palavras, mas com ações concretas! Quem faz o mundo somos nós. Quer um mundo melhor? Seja melhor!


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