Talvez para minimizar neutralizar é impossível o efeito fantástico de tantas criaturas imponderáveis que por estes dias habitam as telas, o exibidor decidiu oferecer como alternativa uma história contemporânea, ambientada numa grande cidade, com recorte moderno, com gente de carne e osso.
Mas ''E Se Fosse Verdade'' acaba sendo tão improvável quanto os feitiços de Potter, o bizarro zoológico de Nárnia ou a paixão de Kong pelos cachos dourados de sua musa.
O filme, dirigido por Mark Waters, é uma comédia romântica. É sobre um casal de carne e osso, ou melhor, com esta consistência só há um dos integrantes do casal, o arquiteto David Abott (Mark Ruffalo). O outro, a garota, a médica Elizabeth Masterson (Reese Witherspoon, uma jovem e já desgastada veterana), morreu no acidente com um caminhão.
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O fantasma dela agora anda amnésico e com o firme propósito de não deixar o rapaz morar em paz no apartamento que foi dela são as tais hostilidades previsíveis antes que o amor apareça. Então há duas frentes na trama: a articulação sempre meio travada do romance e a investigação que a dupla faz para esclarecer o passado dela.
Dentro de minhas expectativas sempre muito baixas em relação às comédias românticas em geral, com ou sem fantasma, ''Se Fosse Verdade'' até que é passável, com meia dúzia de momentos agradáveis e alguns rasgos de bom humor.
Com certo esforço, é possível exorcizar as óbvias intenções do roteiro que teima em buscar a comoção do espectador. A dupla romântica não tem a química ''poltergeist'' de Patrick Swayze e Demi Moore, talvez porque neste caso falte a Mark Ruffalo a soltura necessária para a comédia.