A ficcção sobre um drama real começa com Jean Charles de Menezes recebendo no aeroporto sua querida prima Vivian, vinda do Brasil. Ela vai morar com Jean e os primos Alex Pereira e Patrícia, num sobrado no sul de Londres. Jean já mora há alguns anos na cidade, e arranja um emprego de garçonete para Vivian. Ele vive de bicos e expedientes; agencia empregos e ajuda a contratar pessoas, especialmente para o trabalho em obras.
Após algumas experiências profissionais ruins, Vivian vai aos poucos conseguindo se adaptar, aprendendo a língua e descobrindo o quanto Londres é uma cidade aberta e cosmopolita.
Em julho de 2005, uma série de ataques terroristas ao sistema de transporte londrino deixa 52 mortos e 700 feridos, e cobre o Reino Unido com uma névoa de medo, desconfiança e paranóia. Jean serve de intermediário numa transação ilícita para conseguir vistos de permanência para dois peões brasileiros, que pagam 5 mil libras pelo serviço. Mas a brasileira que iria falsificar os vistos desaparece com o dinheiro, e Jean passa a dever 5 mil libras para os dois. Para complicar mais, Jean é demitido da construtora onde trabalha.
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Duas semanas após os primeiros atentados, há uma nova tentativa de ataque ao sistema de transporte de Londres, dessa vez fracassada. Os terroristas, porém, não são presos. Jean Charles pega o metrô para o trabalho, e é brutalmente assassinado por agentes do serviço secreto britânico, que o confundem com um terrorista. A partir daí, a família de Jean travará uma batalha jurídica, para esclarecer o crime e punir os culpados.