Andy Warhol profetizou, nos anos 60: "No futuro, todos serão famosos por quinze minutos". Pois bem. O diretor e roteirista John Herzfeld criou "15 Minutos" com o pretexto de mostrar às massas os perigos da influência e do fascínio que a mídia exerce sobre os telespectadores e a fragilidade do sistema judicial norte-americano.
Herzfeld, aparentemente influenciado pela TV, tem um enorme fascínio por explodir o maior número de cenários possível e ainda mostrar, em enquadramentos bem fechados, cenas que podem provocar ânsia em estômagos mais fracos. Em 120 minutos de ação literalmente explosiva, o filme retrata de forma violenta mortes estúpidas e o conceito de celebridade instantânea.
Entre tantas explosões, fogo, assassinatos e tiroteio, quinze minutos deve ser o tempo de exposição da premissa social e educativa pretendida inicialmente pelo criador dessa produção. Oliver Stone já dividia opiniões há sete anos quando filmou o inovador e crítico "Assassinos por Natureza". Em 1997, o próprio Robert De Niro, um dos protagonistas de "15 Minutos", estrelava a ótima comédia política "Wag the Dog".
Este filme, que já devia ter sido lançado em 1999, traz no elenco dois nova-iorquinos de primeira. O veterano Robert De Niro ("Cassino" e "Entrando Numa Fria") é o policial de homicídios, famoso por solucionar os casos mais escabrosos. Por isso mesmo, ele vive estampando capas de jornais e revistas, além de ser o alvo preferido dos repórteres. E o jovem mil-e-uma-utilidades - ator, diretor, roteirista, produtor e galã - Edward Burns ("Nosso Tipo de Mulher" e "O Resgate do Soldado Ryan") aparece no papel do bombeiro especialista em incêndios criminosos que faz cara de deboche para a fama.
Em "15 Minutos", esses dois personagens unem-se para caçar os bandidos da trama que, não poderia ser diferente, vieram do Leste Europeu. Mal desembarcaram em Nova York e os dois roubam uma filmadora amadora. Desse pequeno furto em diante, a dupla de ex-presidiários quase termina o filme mais cedo por falta de figurantes para contracenar.
Do elenco de "15 Minutos" não se pode falar mal. Todos, incluindo o elenco de apoio, estão muito bem, com destaque para De Niro, que confere um toque de personalidade ao seu personagem. Seu parceiro em cena, Edward Burns, é um ator decente que se empenha em transformar "15 Minutos" em uma produção acima da média.
Os dois atores que interpretam os criminosos também tiveram seus quinze minutos de fama, oferecendo ao espectador um misto de humor negro e crueldade aterrorizante.
A química entre as duas duplas de atores é a única coisa que salva o filme de ser abandonado pelo público no meio de sua projeção. Em uma avaliação final, o filme é uma boa idéia que teve um desenvolvimento superficial no roteiro. Se não bastasse isso para colocar "15 Minutos" na prateleira dos filmes esquecíveis, Herzfeld não foi muito feliz na execução do seu trabalho. Afinal de contas, é meio difícil levar a sério um cineasta que escreveu o roteiro de produções medíocres como "Cobra" e "Turbulência".
Herzfeld, aparentemente influenciado pela TV, tem um enorme fascínio por explodir o maior número de cenários possível e ainda mostrar, em enquadramentos bem fechados, cenas que podem provocar ânsia em estômagos mais fracos. Em 120 minutos de ação literalmente explosiva, o filme retrata de forma violenta mortes estúpidas e o conceito de celebridade instantânea.
Entre tantas explosões, fogo, assassinatos e tiroteio, quinze minutos deve ser o tempo de exposição da premissa social e educativa pretendida inicialmente pelo criador dessa produção. Oliver Stone já dividia opiniões há sete anos quando filmou o inovador e crítico "Assassinos por Natureza". Em 1997, o próprio Robert De Niro, um dos protagonistas de "15 Minutos", estrelava a ótima comédia política "Wag the Dog".
Este filme, que já devia ter sido lançado em 1999, traz no elenco dois nova-iorquinos de primeira. O veterano Robert De Niro ("Cassino" e "Entrando Numa Fria") é o policial de homicídios, famoso por solucionar os casos mais escabrosos. Por isso mesmo, ele vive estampando capas de jornais e revistas, além de ser o alvo preferido dos repórteres. E o jovem mil-e-uma-utilidades - ator, diretor, roteirista, produtor e galã - Edward Burns ("Nosso Tipo de Mulher" e "O Resgate do Soldado Ryan") aparece no papel do bombeiro especialista em incêndios criminosos que faz cara de deboche para a fama.
Em "15 Minutos", esses dois personagens unem-se para caçar os bandidos da trama que, não poderia ser diferente, vieram do Leste Europeu. Mal desembarcaram em Nova York e os dois roubam uma filmadora amadora. Desse pequeno furto em diante, a dupla de ex-presidiários quase termina o filme mais cedo por falta de figurantes para contracenar.
Do elenco de "15 Minutos" não se pode falar mal. Todos, incluindo o elenco de apoio, estão muito bem, com destaque para De Niro, que confere um toque de personalidade ao seu personagem. Seu parceiro em cena, Edward Burns, é um ator decente que se empenha em transformar "15 Minutos" em uma produção acima da média.
Os dois atores que interpretam os criminosos também tiveram seus quinze minutos de fama, oferecendo ao espectador um misto de humor negro e crueldade aterrorizante.
A química entre as duas duplas de atores é a única coisa que salva o filme de ser abandonado pelo público no meio de sua projeção. Em uma avaliação final, o filme é uma boa idéia que teve um desenvolvimento superficial no roteiro. Se não bastasse isso para colocar "15 Minutos" na prateleira dos filmes esquecíveis, Herzfeld não foi muito feliz na execução do seu trabalho. Afinal de contas, é meio difícil levar a sério um cineasta que escreveu o roteiro de produções medíocres como "Cobra" e "Turbulência".