Para todos os gostos
Cowboys do Espaço começa como a carreira da maioria de seus personagens centrais - em preto e branco. O filme dirigido pelo septuagenário Clint Eastwood detalha a vida de quatro jovens pilotos de teste da Força Aérea Americana preparados para serem, em 1958, os primeiros norte-americanos no espaço.
Estes homens, apesar de profissionais qualificados, acabam perdendo a chance de realizar o sonho de ser astronauta para um chimpanzé. Quarenta anos mais tarde ocorre o ‘reverso da fortuna’. O mesmo homem que os havia ignorado anteriormente decide agora mandá-los para uma missão especial: consertar um satélite russo tão antigo quanto os protagonistas do filme.
Logo de cara, o roteiro de Cowboys do Espaço lembra o enredo de outra produção semelhante, o blockbuster Armaggedon. Desta vez, ao invés de uma equipe jovem e selvagem, o filme conta com quatro dos melhores atores da geração dos "coroas de Hollywood": Clint Eastwood (70), James Garner (72), Donald Sutherland (66) e o caçula da turma, Tommy Lee Jones (53).
Mas a premissa dos filmes do gênero se repete aqui: primeiro Frank Corvin (Eastwood) vai bater de porta em porta atrás dos velhos amigos. Depois de convencer todo mundo a participar da expedição, eles começam uma série de testes e treinamento que vão deixá-los em forma para completar a missão.
Clichês à parte, existem muitas diferenças entre os dois filmes. Cowboys sabe tirar proveito do fator idade dos quatro personagens e fazer o público rolar de rir com isso, enquanto Armaggedon só consegue arrancar alguns sorrisos amarelos.
O roteiro transforma o temperamento do filme o tempo todo, quando necessário ele é envolvente, tocante, enérgico ou engraçado. É claro que com algumas falhas no quesito credibilidade, afinal os roteiristas devem ter matado muita aula de Ciência na escola - mas nada se equipara aos absurdos cometidos em Armaggedon.
Na disputa Cowboys x Armaggedon, o segundo ganha um ponto pela trilha sonora e o ritmo frenético impresso pelo diretor Michael Bay. Com uma visão diferente, Eastwood preferiu investir no desenvolvimento dos personagens. Aliás, eles são simplesmente a melhor coisa deste filme e a motivação maior para assisti-lo.
Uma direção veterana e experiente pôde tornar Cowboys do Espaço mais lento, mais calmo, menos extravagante e mais inteligente. Mas uma coisa nunca sai de moda: sempre haverá um patriota (norte-americano, é claro) destemido que vai salvar todo mundo de ir para o inferno.
Estes homens, apesar de profissionais qualificados, acabam perdendo a chance de realizar o sonho de ser astronauta para um chimpanzé. Quarenta anos mais tarde ocorre o ‘reverso da fortuna’. O mesmo homem que os havia ignorado anteriormente decide agora mandá-los para uma missão especial: consertar um satélite russo tão antigo quanto os protagonistas do filme.
Logo de cara, o roteiro de Cowboys do Espaço lembra o enredo de outra produção semelhante, o blockbuster Armaggedon. Desta vez, ao invés de uma equipe jovem e selvagem, o filme conta com quatro dos melhores atores da geração dos "coroas de Hollywood": Clint Eastwood (70), James Garner (72), Donald Sutherland (66) e o caçula da turma, Tommy Lee Jones (53).
Mas a premissa dos filmes do gênero se repete aqui: primeiro Frank Corvin (Eastwood) vai bater de porta em porta atrás dos velhos amigos. Depois de convencer todo mundo a participar da expedição, eles começam uma série de testes e treinamento que vão deixá-los em forma para completar a missão.
Clichês à parte, existem muitas diferenças entre os dois filmes. Cowboys sabe tirar proveito do fator idade dos quatro personagens e fazer o público rolar de rir com isso, enquanto Armaggedon só consegue arrancar alguns sorrisos amarelos.
O roteiro transforma o temperamento do filme o tempo todo, quando necessário ele é envolvente, tocante, enérgico ou engraçado. É claro que com algumas falhas no quesito credibilidade, afinal os roteiristas devem ter matado muita aula de Ciência na escola - mas nada se equipara aos absurdos cometidos em Armaggedon.
Na disputa Cowboys x Armaggedon, o segundo ganha um ponto pela trilha sonora e o ritmo frenético impresso pelo diretor Michael Bay. Com uma visão diferente, Eastwood preferiu investir no desenvolvimento dos personagens. Aliás, eles são simplesmente a melhor coisa deste filme e a motivação maior para assisti-lo.
Uma direção veterana e experiente pôde tornar Cowboys do Espaço mais lento, mais calmo, menos extravagante e mais inteligente. Mas uma coisa nunca sai de moda: sempre haverá um patriota (norte-americano, é claro) destemido que vai salvar todo mundo de ir para o inferno.