Em 1950, o fleumático e ótimo ator Clifton Webb (o inesquecível vilão de ''Laura'') era o pai de doze filhos em ''Papai Batuta'', comédia dramática entre nostálgica e piegas que o Telecine exibia vez ou outra, quando ainda era Clássic e não este balaio de gatos em que agora se transformou sob o rótulo de Cult.
Em 2003, Hollywood realizou a refilmagem com o título de ''Doze é Demais'', surpreendente êxito de bilheteria para um produto mais barato e despretensioso, feito de humor brando e insípido apoiado basicamente na performance sempre exuberante de Steve Martin. Ambos os filmes eram adaptações do best seller de memórias ''Cheaper by the Dozen'', dos irmãos Frank e Ernestine Gilbreth.
Agora chega este ''Doze é Demais 2'', continuação da refilmagem ou seqüela do remake, como preferirem. De qualquer maneira, nova comédia, e desta vez duplamente familiar.
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Tom Baker (Martin) e a mulher Kate (Bonnie Hunt) percebem que alguns dos filhos estão para se tornar independentes. Nostálgicos, propõem umas derradeiras férias com toda a família reunida. Alugam uma casa às margens do lago aonde iam anos atrás. Mas lá se encontram com outra família, Jimmy Murtaugh (Eugene Levy), sua mulher (a improvável Carmen Eletra) e oito filhos.
Embora aparentemente amigos, Tom e Jimmy são rivais, e transferem esta rivalidade para os filhos. Que, ao contrário dos pais, se dão muito bem e até namoram.
O escasso humor que percorre o filme está longe da amabilidade do primeiro ''Doze é Demais'' e fica por conta do comportamento infantil da dupla de pais de família. Não há maior engenho do diretor Adam Shankman para aproveitar o êxito comercial do filme anterior.
Pode-se rir com um pouco mais de vontade diante de gags puramente visuais a propósito de um cão absolutamente impossível de controlar. E pode-se ainda lamentar o empenho ilógico em incluir