A exemplo das edições anteriores, X-Men: O Confronto Final, mistura arcos já explorados nos quadrinhos e segue a tendência dos filmes anteriores. Como o nome prevê, a terceira aventura dos mutantes no cinema fecha as pontas soltas desde a primeira adaptação.
Em X-Men, de 2000, Bryan Singer apenas apresentou os personagens, com ênfase em Wolverine, o mais popular de todos. A abordagem de Singer foi claramente influenciada pelo período de Chris Claremont e John Byrne frente a revista: nessa época, a equipe tinha uma dinâmica bastante problemática, que chegava a rivalizar com os inimigos que enfrentavam. Os X-Men eram um bando de desajustados que precisavam antes superar os próprios problemas antes de encarar outros.
Em X2: X-Men United, de 2003, Singer decidiu dar um passo à frente no maior tema da série mutante: o preconceito. Nada melhor que o especial Deus Ama, Homem Mata, que coloca os pupilos de Xavier frente a uma ameaça muito maior do que os poderes de Magneto, a discriminação. Assim, no segundo filme, a equipe é desmantelada pelo general Stryker, que tem conexões com o passado de Wolverine, e o governo norte-americano começa uma ofensiva contra os mutantes, com a possibilidade do registro dos nascidos com o gene X.
Agora, com Brett Ratner, toda a tensão crescente nos dois filmes deve desembocar em guerra. A trama é baseada na Saga da Fênix Negra e em Dias de Passado e Futuro, assim como nos trabalhos mais recentes, na passagem dos roteiristas Grant Morrison e Joss Whedon no título mutante. O diretor manteve o tom de Singer na cinessérie mas explorou mais a aventura-drama, com mais ação, ao invés da visão sci-fi do seu predecessor.
Fênix Negra, Dias de Passado e Futuro, o que é isso? - Quando digo que X-Men: O Confronto Final foi baseado em algumas fases clássicas dos mutantes é preciso explicar o que foram e representaram essas histórias e porquê estão sendo utilizadas agora.
A Saga da Fênix Negra e Dias de Passado e Futuro são ambos frutos da parceria entre Chris Claremont e John Byrne, dois dos grandes astros dos quadrinhos norte-americanos que fizeram muito sucesso do final dos anos 70 até o início dos anos 90, quando as revistas de super-herói tiveram mais um período de decadência.
A Saga da Fênix Negra começa quando Jean Grey precisa se sacrificar para salvar a equipe após uma missão no espaço. Na reentrada, somente ela consegue manter a nave intacta para a volta dos X-Men à Terra. Durante o incidente, Jean Grey usa os poderes no limite e acaba aparentemente morta em uma explosão no mar. Bem parecido com o que aconteceu ao final de X2: X-Men United.
Depois de algum tempo, ela retorna. Esteve no mar, dentro de um casulo, em estado de animação suspensa. Quando volta, descobre ser hospedeira de uma entidade cósmica chamada Fênix, que amplia seus poderes ao extremo e corrompe sua alma, até que os resquícios de humanidade fazem com que ela retorne a si e expulse a invasora.
Já em Dias de Presente e Futuro, os mutantes foram registrados, muitos deles caçados e mortos, e os Sentinelas, robôs especializados em caçar e exterminar os genes X, foram criados a partir de autorização do governo norte-americano. Nesse cenário apocalíptico, uma grupo liderado por Magneto, Colossus, Wolverine e Kitty Pride resiste e prega a liberdade.
Uma cena clássica de Wolverine sendo pulverizado por um Sentinela e a volta de Kitty Pride ao passado para evitar o futuro caótico marcaram época e são lembrados até hoje. Importante ressaltar que essa história veio bem antes da trama apresentada em Exterminador do Futuro.
X-Men: O Confronto Final, soma as duas fases às mudanças recentes de escritores no título mutante. O filme aproveita a tensão e humor negro no relacionamento do integrantes, durante o período de Grant Morrison, como também explora a existência de uma ''cura'', tema dos roteiros de Joss Whedon.
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