A intenção inicial era remeter diretamente para as gôndolas das locadoras. Estranhamente, porém, os estúdios Disney resolveram lançar antes nas salas do mercado mundial este desenho curto (só 68 minutos) e bonitinho, mas sem maiores apelos para enfrentar a pesada concorrência metálica de ‘Robôs’.
O alvo preferencial do tradicional ‘Pooh e o Efalante’ são as menores platéias já com acesso permitido aos cinemas, aquele nicho de consumidores que ainda procura em ninhos ovos de mamíferos - ornitorrincos não vale...
Aquela turma - carismática, mas não muito conhecida, cá entre nós - que habita o Bosque dos Cem Acres decide se lançar à caça e à captura dos Efalantes, seres muito grandes, barulhentos e temidos, embora nunca vistos.
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Habitam o fundo da floresta e, pelo som que emitem, só podem ser criaturas aterradoras. O pequeno Guru tem mais sorte que seus colegas de caçada e encontra um divertido Efalante chamado Bolota, que nada tem a ver com a má fama que sua espécie possui.
O cativante Bolota também tem medo dos outros animais, mas fica amigão de Guru. Os dois então resolvem fazer uma campanha de boa vizinhança a respeito dos Efalantes. Tudo gente boa, todos camaradas enfrentando juntos o medo e o preconceito - leia-se: as diferenças.
Não ter medo daquilo que não se conhece, e quando aquilo se tornar conhecido, saber conviver harmoniosamente com o que é diferente. No tamanho, na cor, no humor, etc.
A lição disneyana já atravessou o século e deve perdurar ainda por muito tempo, enquanto paz na terra for coisa difícil de alcançar. ‘Pooh e o Efalante’ bate na tecla de sempre e se faz entender: as crianças precisam aprender a respeitar e a aceitar a diversidade.
O recado passa de maneira delicada, utilizando como mensageiros o ursinho Pooh e seus amigos, criados em 1926 pelo escritor americano A.A. Milne - embora aqui haja bem menos Pooh do que seus pequenos fãs devem estar esperando.
Em resumo, o jardim de infância e a pré-escola vão adorar esta instrutiva e divertida hora do recreio. Pais acompanhantes, porém, estarão melhor preparados com um relógio no pulso.