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'O Martelo de Vulcano' é o filme da Ilha Rá-Tim-Bum

Rodrigo Juste Duarte
09 out 2003 às 17:24

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O maléfico Nefasto faz de tudo para conseguir arrancar o Martelo de Vulcano da feiticeira Hipácia - Divulgação
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Transmitido pela TV Cultura/Educativa, o seriado infantil 'Ilha Rá-Tim-Bum', ganhou seu primeiro longa-metragem, que chega aos cinemas nacionais às vésperas do Dia da Criança, data bastante apropriada para o lançamento de filmes destinados a este público. 'O Martelo de Vulcano' é o nome do longa, que apresenta uma dose generosa de ação, se comparado ao seriado.

O filme é protagonizado por cinco jovens que sobrevivem a um naufrágio e são levados a uma ilha desconhecida, habitada por criaturas fantásticas e refúgio de mistérios ancestrais. Lá, os amigos Gigante, Micróbio, Rouxinol, Majestade e Raio terão de enfrentar o vilão Nefasto (uma bactéria com tamanho de um ser humano adulto criada num acidente científico), que, ajudado por seus assistentes Zabumba (um zangão-homem) e Polca (uma libélula-mulher, interpretada por Bárbara Paz), fará de tudo para tomar posse do objeto mágico que o tornará praticamente invencível: O Martelo de Vulcano, que dá nome ao filme.

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Apesar da ação girar em torno das cinco crianças, a principal personagem do filme é, com certeza, a Bruxa Hipácia (interpretada por Graziella Moretto), uma feiticeira do bem, que tem origem egípcia e um visual "hippie limpinho". Ela tem mais de 2.000 anos de idade que serve de guru e protetora dos garotos. Além disso, Hipácia é a única a saber o paradeiro do Martelo de Vulcano. Ela faz de tudo para que Nefasto não ponha suas mãos no objeto mágico, no entanto, durante um combate com o vilão, ela é atingida por uma bola de energia, fica desacordada e perde a memória, o que obriga as crianças a assumir a missão.

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Ao assistir o filme, uma das coisas que mais nos chama a atenção é a enorme quantidade de efeitos digitais que ele possui. Talvez eles estejam presente em metade do filme. Também são notáveis as cores. Além de berrantes, o contraste é altíssimo, diferente do que se vê normalmente no cinema. A razão disto é que 'O Martelo de Volcano' foi filmado em sistema digital de Alta Definição (HD), que possui um equilíbrio de cores diferente dos filmes rodados em película.

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Retornando aos efeitos especiais, é interessante citar que o longa apresenta o primeiro personagem 100% virtual criado no país: uma árvore cujas raízes e galhos têm as cores e formas de uma cobra-coral, que literalmente ganha vida e captura o personagem Micróbio em uma cena.


Apesar de toda esta produção, o filme teve um orçamento relativamente enxuto (R$ 2,5 milhões). "O filme não custou tanto pois ele já tinha uma base, e contou com três grandes produtores", comenta Eliana Fonseca, a diretora. "Na TV Cultura nós já tínhamos o cenário praticamente pronto, que era o mesmo do seriado. Só demos uma incrementada. Além disso, contamos com recursos que a TV cultura já tinha, especialmente em relação à equipe. Também tivemos uma boa barateada na pós-produção, pois uma de nossas co-produtoras, a Tele Image, realizou este serviço"

Não é demais acrescentar que 'Ilha Rá-Tim-Bum - o Martelo de Vulcano' merece crédito por não fazer o estilo de programa infantil apelativo, com apresentadoras e personagens erotizados, que infelizmente são produzidos ultimamente. "Eu desconsidero os outros programas de TV. E tenho pena das crianças que crescem assistindo programas infantis distorcidos. É triste esta vulgarização, não só para as crianças, mas também para os adultos", finaliza a diretora.


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