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"Mais Estranho Que a Ficção" é um bom exemplo de cinema fantasioso e criativo

Rodrigo Juste Duarte
08 fev 2007 às 17:25

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O que fazer quando sua vida ganha uma narração e ela ainda por cima revela que sua morte está próxima? - Divulgação
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Os fãs de filmes com roteiros fora do comum, na linha de ''Quero Ser John Malkovich'', ''Adaptação'' e ''Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças'' têm um novo título para incluir nesta lista: ''Mais Estranho Que a Ficção''. Seu roteiro não é assinado pelo excêntrico Charlie Kaufman, (autor dos três primeiros filmes citados), mas sim por Zach Helm, tão criativo quanto Kaufman, porém um pouco mais light, pelo menos nesta sua estréia no cinema.

No enredo, o centro das atenções é Harold Crick (Will Ferrell), um metódico auditor da Receita Federal que leva a típica ''vida besta'', sem emoções fortes, e de ambições reprimidas. Certo dia ele percebe que uma voz feminina está narrando suas ações, sentimentos e idéias - descritos com riqueza gramatical literária. Mas só ele escuta a mulher misteriosa, e isso o deixa incomodado.

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Quando Harold estava começando a se acostumar com o novo e surreal fato, a voz relata que sua morte está próxima, o que o deixa em pânico e o faz procurar ajuda. Ao invés de recorrer a um psicanalista, ele procura um renomado professor de literatura (Dustin Hoffman), para analisar em que estilo literário se enquadra a história de sua vida, para assim tentar identificar o possível autor que a está narrando.

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Uma idéia fantasiosa e simples, que resulta em uma comédia inteligente, agradável e original. O que surpreende não é só o roteiro, mas também o humor inteligente, os grafismos, a competente direção de Marc Foster (''A última Ceia'' e ''Em busca da Terra do Nunca'') e o belo trabalho de interpretação do elenco, que conta ainda com Maggie Gyllenhaal, Emma Thompson e Queen Latifah. Corra, pois filmes assim não ficam em cartaz por muito tempo.


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