Para todos os gostos
Natural que muitas pessoas saiam confusas da sala de cinema após uma sessão de "Cidade dos Sonhos" (Mulholland Drive, EUA, 2001). Afinal de contas este é um filme assinado por uma das figuras mais enigmáticas e cultuadas na indústria cinematográfica dos últimos anos: David Lynch, que recebeu pelo filme o prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes e foi indicado ao último Oscar na mesma categoria. Este controverso artista é um dos poucos cineastas que em pleno século 21 ainda pode receber o título de surreal.
Lynch, que tem em seu currículo obras como "Twin Peaks", "O Homem Elefante", "Duna", "Veludo Azul" e "A Estrada Perdida", costuma complicar as histórias de seus filmes, alimentando a imaginação de seus fãs, que quebram a cabeça desvendando mistérios que o diretor colocou por trás das cenas. Com "Cidade dos Sonhos" não foi diferente.
O filme inicia com um acidente automobilístico na estrada Mulholland Drive, em Los Angeles. Rita (vivida pela belíssima Laura Harring) sobrevive à colisão mas perde a memória. Ela caminha até a cidade e se esconde em um condomínio residencial, onde mais tarde vai morar Betty (Naomi Watts), uma atriz iniciante de Hollywood, que passa a ajudar a nova amiga a descobrir sua identidade. Durante o filme, várias histórias paralelas se desenvolvem - praticamente todas têm relação com a dupla de protagonistas.
Até as duas primeiras horas de duração, a história se desenrola de forma normal. Mas na última meia hora do filme, a trama se complica. Rita se depara com fatos que a fazem recobrar a memória. A partir daí tem início uma série de flash backs, em que cenas do início do filme são repetidas, mas com personagens, atrizes e nomes trocados, dando um nó na cabeça do expectador.
Comparado aos filmes anteriores de Lynch, "Cidade dos Sonhos" poderia ser considerado um "A Estrada Perdida" light. Muitos elementos típicos da estética "lynchianas" presentes na "Estrada" estão aqui, a citar: luzes que começam a piscar indicando más vibrações, cenas que se repetem, fatos aparentemente sem explicação, flash backs e cenas que envolvem ameaças, lesbianismo e máfia. Tudo embalado pela trilha sonora de Angelo Badalamenti, que acompanha o diretor há mais de 10 anos e neste filme faz uma participação no papel do mafioso Luigi Castigliane. Por estas e outras razões, Lynch não deixa o expectador diferente. Para este diretor, um lema é válido: ame-o ou odei-o.
Lynch, que tem em seu currículo obras como "Twin Peaks", "O Homem Elefante", "Duna", "Veludo Azul" e "A Estrada Perdida", costuma complicar as histórias de seus filmes, alimentando a imaginação de seus fãs, que quebram a cabeça desvendando mistérios que o diretor colocou por trás das cenas. Com "Cidade dos Sonhos" não foi diferente.
O filme inicia com um acidente automobilístico na estrada Mulholland Drive, em Los Angeles. Rita (vivida pela belíssima Laura Harring) sobrevive à colisão mas perde a memória. Ela caminha até a cidade e se esconde em um condomínio residencial, onde mais tarde vai morar Betty (Naomi Watts), uma atriz iniciante de Hollywood, que passa a ajudar a nova amiga a descobrir sua identidade. Durante o filme, várias histórias paralelas se desenvolvem - praticamente todas têm relação com a dupla de protagonistas.
Até as duas primeiras horas de duração, a história se desenrola de forma normal. Mas na última meia hora do filme, a trama se complica. Rita se depara com fatos que a fazem recobrar a memória. A partir daí tem início uma série de flash backs, em que cenas do início do filme são repetidas, mas com personagens, atrizes e nomes trocados, dando um nó na cabeça do expectador.
Comparado aos filmes anteriores de Lynch, "Cidade dos Sonhos" poderia ser considerado um "A Estrada Perdida" light. Muitos elementos típicos da estética "lynchianas" presentes na "Estrada" estão aqui, a citar: luzes que começam a piscar indicando más vibrações, cenas que se repetem, fatos aparentemente sem explicação, flash backs e cenas que envolvem ameaças, lesbianismo e máfia. Tudo embalado pela trilha sonora de Angelo Badalamenti, que acompanha o diretor há mais de 10 anos e neste filme faz uma participação no papel do mafioso Luigi Castigliane. Por estas e outras razões, Lynch não deixa o expectador diferente. Para este diretor, um lema é válido: ame-o ou odei-o.