Para se refugiar da solidão, Regina (Fernanda Montenegro), uma aposentada de 65 anos que mora no bairro Copacabana e tem como características mais marcantes a sinceridade e a ironia, participa de um serviço da polícia, no qual aposentados denunciam pequenos delitos.
Certa noite, "Branca de Neve" (é este seu codinome neste serviço) ficou xeretando o prédio do outro lado da rua em busca de algo suspeito e viu uma cena que ela ela acreditou ser um assassinato: um homem matando sua mulher com uma injeção letal.
Ela chama a polícia, que faz uma inspeção no apartamento mas o óbito é dado como morte natural. Desmoralizada, Regina passa a investigar o suspeito suspeito por conta própria para provar aos policiais que ela estava certa. Passa então a seguir o viúvo Camargo (Raul Cortez), desde o velório da esposa até o restaurante onde almoça.
Camargo nota a presença de Regina, mas não suspeita de suas intenções. Achando que seus encontros nos mesmos lugares são obra do destino, ele passa a se interessar por ela e a convida para sair. A partir daí o filme passa a deixar exposta sua principal intenção: mostrar às pessoas que não se deve temer a descoberta do afeto e do desejo na terceira idade (o que muitos encaram como o fim de suas vidas).
Esta história delicada e tocante é o primeiro trabalho em longa-metragem do diretor Marcos Bernstein, que também assina o roteiro com Melanie Dimantas. Bernstein foi também co-roteirista de "Central do Brasil", (recebendo o prêmio Sundance NHK 1996), de Walter Salles.
"O Outro Lado da Rua" ganhou o prêmio de Melhor Filme da Sessão Panorama, na mostra paralela do Festival de Berlim, além de outras premiações nos festivais de Mar del Plata, Pernambuco, Tribeca e Toulouse.
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