Uma única explosão em "A Senha" quase vale o filme. Na cena, bastante inventiva, a câmera lenta gira em torno da rua enquanto vitrines estilhaçam, pessoas são atiradas para trás e carros são lançados para cima. A grande sacada é que a câmera "atravessa" as paredes enquanto mostra a destruição simultânea provocada pela bomba. E o uso da câmera lenta em movimento circular criou um efeito impressionante, bacana de ver.
A fantástica explosão é uma típica criação de Dominic Sena, diretor que estourou em 1993 com o alternativo "Kalifornia". Seu maior sucesso, "60 Segundos", provou que ele tem grande habilidade para criar "cenas-videoclipe", com edição, cortes e ângulos criativos.
Na história de "A Senha", um espião-meio-mafioso (John Travolta, numa interpretação insignificante) obriga um hacker lendário (Hugh Jackman, o Wolverine de "X-Men") a roubar 9,5 bilhões de dólares de um fundo secreto do governo americano. Para isso, o hacker tem que driblar um complicado sistema de criptografia.
Hugh Jackman foi eleito pela revista Entertainment Weekly o homem mais sexy do verão americano pelo seu papel no filme. Sem camisa ou com camisetinhas coladas, ele faz um dos personagens mais inverossímeis da temporada: hacker, malhado, lubrifica bombas de petróleo para ganhar a vida, não tem dinheiro, mora num trailer, joga golfe em cima do trailer, é bronco e ao mesmo tempo sensual, quer recuperar a guarda da filha e tem uma ex-mulher que é casada com o rei da pornografia da Califórnia. O curioso é que Jackman encara bem a pedreira e quase não deixa transparecer o absurdo do personagem. Quase. Carisma é carisma, mas o rapaz também não faz milagres.
Quem quer saber de personagens bem construídos? O de John Travolta é mais um vilão alucinado para sua galeria de personagens sem pé nem cabeça. Halle Berry, a também "X-Men" Tempestade, faz a mulher-fatal-misteriosa que namora o vilão e aparece de lingerie e topless. O restante dos atores são quase todos figurantes. E por aí vai: o argumento não é, com certeza, o ponto alto do filme. Manjado, é um pretexto para as pirotecnias, perseguições e equipamentos hi-tech que enchem linguiça e são o grande atrativo do filme.
A explosão do início é uma cena que rende um making-off só para ela. Neste caso, o documentário dos bastidores deve até ser mais interessante que o filme em si. Porque apesar de todas as explosões mirabolantes, perseguições surpreendentes, carros destruídos e do elenco de ponta, no fim das contas "A Senha" não passa de um filme de ação de segunda categoria com uma produção milionária. Sim, os fãs de ação vão curtir. Não é um filme chato, é até divertido, mas absolutamente descartável.
A fantástica explosão é uma típica criação de Dominic Sena, diretor que estourou em 1993 com o alternativo "Kalifornia". Seu maior sucesso, "60 Segundos", provou que ele tem grande habilidade para criar "cenas-videoclipe", com edição, cortes e ângulos criativos.
Na história de "A Senha", um espião-meio-mafioso (John Travolta, numa interpretação insignificante) obriga um hacker lendário (Hugh Jackman, o Wolverine de "X-Men") a roubar 9,5 bilhões de dólares de um fundo secreto do governo americano. Para isso, o hacker tem que driblar um complicado sistema de criptografia.
Hugh Jackman foi eleito pela revista Entertainment Weekly o homem mais sexy do verão americano pelo seu papel no filme. Sem camisa ou com camisetinhas coladas, ele faz um dos personagens mais inverossímeis da temporada: hacker, malhado, lubrifica bombas de petróleo para ganhar a vida, não tem dinheiro, mora num trailer, joga golfe em cima do trailer, é bronco e ao mesmo tempo sensual, quer recuperar a guarda da filha e tem uma ex-mulher que é casada com o rei da pornografia da Califórnia. O curioso é que Jackman encara bem a pedreira e quase não deixa transparecer o absurdo do personagem. Quase. Carisma é carisma, mas o rapaz também não faz milagres.
Quem quer saber de personagens bem construídos? O de John Travolta é mais um vilão alucinado para sua galeria de personagens sem pé nem cabeça. Halle Berry, a também "X-Men" Tempestade, faz a mulher-fatal-misteriosa que namora o vilão e aparece de lingerie e topless. O restante dos atores são quase todos figurantes. E por aí vai: o argumento não é, com certeza, o ponto alto do filme. Manjado, é um pretexto para as pirotecnias, perseguições e equipamentos hi-tech que enchem linguiça e são o grande atrativo do filme.
A explosão do início é uma cena que rende um making-off só para ela. Neste caso, o documentário dos bastidores deve até ser mais interessante que o filme em si. Porque apesar de todas as explosões mirabolantes, perseguições surpreendentes, carros destruídos e do elenco de ponta, no fim das contas "A Senha" não passa de um filme de ação de segunda categoria com uma produção milionária. Sim, os fãs de ação vão curtir. Não é um filme chato, é até divertido, mas absolutamente descartável.