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"Duro de Matar 4.0" é vazio, mas bem-humorado

Carlos Eduardo Lourenço Jorge - Folha de Londrina
03 ago 2007 às 17:52

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- Divulgação
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Ao longo dos últimos vinte anos (o primeiro e de longe o melhor ''Duro de Matar'' é de 1988), o cinema de ação feito por aí afora usou e abusou como apelo de marketing do efeito ''duro de matar'', isto é, tal filme ''é Duro de Matar num trem'', ou este outro ''é Duro de Matar num navio''. Este recurso deu bem a medida de impacto do marco zero da franquia no imaginário da cultura popular.

Duas décadas e duas razoáveis continuações mais tarde, chega ao circuito mundial este quarto título, ''Duro de Matar 4.0'', infelizmente com o diretor original John McTiernan assinando apenas a produção, e o grosso (sic) dos trabalhos entregue ao jovem Len Wiseman, egresso dos dois ''Underworld'', aqueles horrores povoados por vampiros e lobisomens em luta eterna.

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A sorte desta realização é contar com Bruce Willis repetindo com a habitual fleuma (ou a falta de) a performance do homem-comum-em-busca-da-heróica-superação. Sem ele, o filme quase resultaria apenas em uma tonelada de efeitos especiais e ''ciber-truques''.

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Há uma onda de atentados no Dia da Independência. As autoridades pedem ajuda à NYPD, ou a polícia de Nova York, para prender um suspeito que pode saber alguma coisa sobre os ataques. O encarregado da missão é o velho John McClane (Willis), que deve prender o hacker Matt Farrell (Justin Long, boa promessa). O que parece uma escolta simples se transforma num pesadelo: um misterioso grupo de indivíduos quer matar o jovem.

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Vocês já viram isto, estão lembrados? E outro dia mesmo, e com o próprio Willis a duras penas atravessando 16 quadras em Nova York para entregar viva uma testemunha à promotoria. Mas vamos adiante. McClane toma as rédeas da ação, administra a situação (a ordem aqui não altera em nada) e parte para a decisão, como sempre com risco para a própria família.


Alguns (poucos) momentos engenhosos da trama, o já referido charme de Willis e o humor quando não forçado fazem deste ''Duro de Matar 4.0'' alguma coisa medianamente divertida. Mas há adversidades a pesar. Como o vilão da história (Timothy Oliphant), dotado de rara insipidez e brandura no trato com a maldade. Ou um roteiro que estica a metragem em demasia, num vaivém para diversificar sem motivo as locações e encher a tela de explosivos e fumaça.

''Duro de Matar 4.0'' é apenas um filme genérico de ação, nada mais.


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