Para todos os gostos
O homem do momento em Hollywood, o neozelandês Russell Crowe, está de volta às telas em mais um papel heróico: o de especialista em seqüestros e resgates Terry Thorne. Em "Prova de Vida", Crowe enruga a testa e flexiona seus invejáveis músculos o tempo todo, enquanto sua parceira de cena, a atriz água com açúcar Meg Ryan, deixa de lado seu ar doce e meigo para se perder em lágrimas neste filme que mistura drama, romance e ação.
A trama é conduzida pelo diretor Taylor Hackford (O Advogado do Diabo). Conta a história de um engenheiro, interpretado pelo ator David Morse (À Espera de Um Milagre), seqüestrado por um grupo de guerrilheiros colombianos ligados ao narcotráfico. Pouco antes de Morse ser feito refém, ele e sua esposa (Meg Ryan, de "Sintonia do Amor") tiveram uma discussão. Movida pelo sentimento de culpa, Ryan une-se a Crowe na tentativa de resgatar seu marido com vida. O problema é que, entre o seqüestro e o resgate, ela acaba se envolvendo emocionalmente com o bonitão.
Metade do roteiro escrito por Tony Gilroy foi baseado no livro "The Long March to Freedom" (traduzindo, "O Longo Caminho para a Liberdade") de Thomas Hargrove, enquanto a outra parte que inspirou o filme foi tirada de um artigo jornalístico escrito para a revista Vanity Fair, intitulado "Adventures In The Ransom Trade" (algo como "Aventuras no Negócio do Resgate").
Parece que o mais próximo que Hackford e Gilroy chegaram de uma guerrilha, do narcotráfico ou dos problemas políticos e sociais que envolvem os países chamados de terceiro mundo foi através dos escritos de seus conterrâneos norte-americanos, porque o filme foi rodado em Londres e as cenas na mata da fictícia Tecala foram, na verdade, filmadas na Polônia. Por esse motivo, mais uma vez Hollywood cai no estereótipo ridículo de que o primeiro mundo é o mocinho e, por sua vez, o terceiro mundo continua atuando no papel do bandido.
Em outro equívoco, o diretor Hackford, esperto o bastante para encabeçar seu elenco com um casal que naquele momento vivia um romance na vida real, mostrou-se mais preocupado em seguir o destino das granadas do que o das lágrimas da conflituosa personagem de Meg Ryan. A tensão sexual entre Ryan e Crowe realmente existe e está expressa na linguagem corporal de ambos, mas, além da constante distância entre os dois (em duas horas de projeção os dois só deram um beijo), é meio difícil achar romântica uma situação dessa: um especialista em resgates que se apaixona por uma mulher casada, cujo marido, pobre coitado, é refém de um seqüestro em um país estrangeiro.
A impressão que fica é que o diretor quis deixar marcas de tensão em todo o filme, seja nas cenas de ação ou no aspecto romântico e, ao mesmo tempo, dramático do triângulo amoroso que se estabelece na história. Mesmo estereotipado, "Prova de Vida" tenta ater-se à credibilidade com seqüências de ação mais realísticas, com destaque para a última delas quando acontece o ataque à base militar dos guerrilheiros, e um final no estilo "Casablanca".
Desde o lançamento do filme, o gladiador Russell Crowe tem sido alvo constante de ameaças de morte e tentativas de seqüestro. O alvoroço foi tamanho que envolveu até a CIA e o FBI na escolta do ator, indicado ao Globo de Ouro e vencedor do Oscar de 2001.
A trama é conduzida pelo diretor Taylor Hackford (O Advogado do Diabo). Conta a história de um engenheiro, interpretado pelo ator David Morse (À Espera de Um Milagre), seqüestrado por um grupo de guerrilheiros colombianos ligados ao narcotráfico. Pouco antes de Morse ser feito refém, ele e sua esposa (Meg Ryan, de "Sintonia do Amor") tiveram uma discussão. Movida pelo sentimento de culpa, Ryan une-se a Crowe na tentativa de resgatar seu marido com vida. O problema é que, entre o seqüestro e o resgate, ela acaba se envolvendo emocionalmente com o bonitão.
Metade do roteiro escrito por Tony Gilroy foi baseado no livro "The Long March to Freedom" (traduzindo, "O Longo Caminho para a Liberdade") de Thomas Hargrove, enquanto a outra parte que inspirou o filme foi tirada de um artigo jornalístico escrito para a revista Vanity Fair, intitulado "Adventures In The Ransom Trade" (algo como "Aventuras no Negócio do Resgate").
Parece que o mais próximo que Hackford e Gilroy chegaram de uma guerrilha, do narcotráfico ou dos problemas políticos e sociais que envolvem os países chamados de terceiro mundo foi através dos escritos de seus conterrâneos norte-americanos, porque o filme foi rodado em Londres e as cenas na mata da fictícia Tecala foram, na verdade, filmadas na Polônia. Por esse motivo, mais uma vez Hollywood cai no estereótipo ridículo de que o primeiro mundo é o mocinho e, por sua vez, o terceiro mundo continua atuando no papel do bandido.
Em outro equívoco, o diretor Hackford, esperto o bastante para encabeçar seu elenco com um casal que naquele momento vivia um romance na vida real, mostrou-se mais preocupado em seguir o destino das granadas do que o das lágrimas da conflituosa personagem de Meg Ryan. A tensão sexual entre Ryan e Crowe realmente existe e está expressa na linguagem corporal de ambos, mas, além da constante distância entre os dois (em duas horas de projeção os dois só deram um beijo), é meio difícil achar romântica uma situação dessa: um especialista em resgates que se apaixona por uma mulher casada, cujo marido, pobre coitado, é refém de um seqüestro em um país estrangeiro.
A impressão que fica é que o diretor quis deixar marcas de tensão em todo o filme, seja nas cenas de ação ou no aspecto romântico e, ao mesmo tempo, dramático do triângulo amoroso que se estabelece na história. Mesmo estereotipado, "Prova de Vida" tenta ater-se à credibilidade com seqüências de ação mais realísticas, com destaque para a última delas quando acontece o ataque à base militar dos guerrilheiros, e um final no estilo "Casablanca".
Desde o lançamento do filme, o gladiador Russell Crowe tem sido alvo constante de ameaças de morte e tentativas de seqüestro. O alvoroço foi tamanho que envolveu até a CIA e o FBI na escolta do ator, indicado ao Globo de Ouro e vencedor do Oscar de 2001.