Para todos os gostos
Com a desculpa de problemas contratuais, finalmente, depois de dois anos de atraso, chega ao Brasil o filme Celebridades. Filmado em preto-e-branco e com um elenco de cerca de 30 grandes nomes do cinema norte-americano, é um bem-vindo retorno ao velho Woody Allen, seu primeiro filme realmente bom desde Tiros na Broadway, de 1994.
Sem as estúpidas seqüências de sonho de Desconstruindo Harry, o elenco do musical Todos Dizem Eu Te Amo e o coral grego de Poderosa Afrodite, é fácil descobrir porque todo mundo gosta tanto do baixinho esquizofrênico. Esta é uma brilhante, satírica e engraçada estória que qualquer espectador poderia se identificar (o que não acontece nos outros filmes mencionados).
Muito velho para o papel principal, Allen está ausente do elenco, mas Kenneth Branagh não dorme em serviço e faz uma imitação surpreendentemente autêntica como um repórter que escreve sobre celebridades para uma revista de viagem. Branagh rapidamente se encontra envolvido pela mística e o romantismo do estilo de vida dos chiques e famosos que entrevista. E dá o melhor de si para se encaixar no meio artístico.
O filme tenta mostrar ao espectador que ele é um personagem trágico por causa de sua grande paixão pela vida e pelas mulheres. A estória, no entanto, mostra que ele, na verdade, é um neurótico que persegue a satisfação pessoal quando na maioria das vezes ela só vai lhe trazer dor de cabeça.
Que ele acaba não conseguindo o que queria é profético, mas a forma como Allen mostra isso é pura maestria. De uma maneira ou de outra é uma atualização de Manhattan e sua mensagem do que está errado com a sociedade, visão mais que apropriada para os espectadores deste fim de milênio.
Mais uma vez, problemas como edição questionável e trabalho de câmera ineficiente, que já são marca registrada de Allen, fazem deste filme um pouco menos que perfeito. Os enquadramentos das cenas também não estão à altura do perfeccionismo do diretor. E o pior de tudo, muitas piadas aparecem fora de hora e outras são completamente sem graça.
Mas não há com o que os fãs do diretor se preocupar porque, numa análise geral, Celebridades é uma crítica divertida das peculiaridades de astros e estrelas do cinema, da TV ou da literatura criados por Woody Allen.
E quem melhor que ele para abordar este assunto? O próprio Allen é uma celebridade que mora em Manhattan entre os ricos yuppies, sobre quem ele adora escrever, e já atraiu muita atenção dos tablóides que vivem revirando sua vida particular.
Se ele teve sucesso em apresentar um filme sobre o conceito de celebridade é uma questão que só pode ser solucionada por quem tiver a curiosidade de conferir o filme.
Sem as estúpidas seqüências de sonho de Desconstruindo Harry, o elenco do musical Todos Dizem Eu Te Amo e o coral grego de Poderosa Afrodite, é fácil descobrir porque todo mundo gosta tanto do baixinho esquizofrênico. Esta é uma brilhante, satírica e engraçada estória que qualquer espectador poderia se identificar (o que não acontece nos outros filmes mencionados).
Muito velho para o papel principal, Allen está ausente do elenco, mas Kenneth Branagh não dorme em serviço e faz uma imitação surpreendentemente autêntica como um repórter que escreve sobre celebridades para uma revista de viagem. Branagh rapidamente se encontra envolvido pela mística e o romantismo do estilo de vida dos chiques e famosos que entrevista. E dá o melhor de si para se encaixar no meio artístico.
O filme tenta mostrar ao espectador que ele é um personagem trágico por causa de sua grande paixão pela vida e pelas mulheres. A estória, no entanto, mostra que ele, na verdade, é um neurótico que persegue a satisfação pessoal quando na maioria das vezes ela só vai lhe trazer dor de cabeça.
Que ele acaba não conseguindo o que queria é profético, mas a forma como Allen mostra isso é pura maestria. De uma maneira ou de outra é uma atualização de Manhattan e sua mensagem do que está errado com a sociedade, visão mais que apropriada para os espectadores deste fim de milênio.
Mais uma vez, problemas como edição questionável e trabalho de câmera ineficiente, que já são marca registrada de Allen, fazem deste filme um pouco menos que perfeito. Os enquadramentos das cenas também não estão à altura do perfeccionismo do diretor. E o pior de tudo, muitas piadas aparecem fora de hora e outras são completamente sem graça.
Mas não há com o que os fãs do diretor se preocupar porque, numa análise geral, Celebridades é uma crítica divertida das peculiaridades de astros e estrelas do cinema, da TV ou da literatura criados por Woody Allen.
E quem melhor que ele para abordar este assunto? O próprio Allen é uma celebridade que mora em Manhattan entre os ricos yuppies, sobre quem ele adora escrever, e já atraiu muita atenção dos tablóides que vivem revirando sua vida particular.
Se ele teve sucesso em apresentar um filme sobre o conceito de celebridade é uma questão que só pode ser solucionada por quem tiver a curiosidade de conferir o filme.