Uma tarefa nada fácil, mesmo para o experiente diretor Ron Howard (Edtv, Apollo 13 e Cocoon): transformar um clássico do desenho animado de 22 minutos em um longa-metragem com personagens representados por atores de carne e osso. A história escrita por Dr. Seuss ganhou uma nova versão na interpretação do diretor.
Para engrossar a trama com mais 76 minutos, as cenas apresentadas no início e no final do filme saíram da cabeça dos roteiristas Jeffrey Price e Peter S. Seaman.
Grinch é um membro da população de Quemlândia um pouco diferente, ele é verde e peludo. E por esse motivo, ainda criança, sofre com o preconceito dos colegas de classe e acaba se isolando no alto de uma montanha bem na época do Natal. Daí em diante, todo ano ele amaldiçoa o dia da comemoração do aniversário de Jesus Cristo, até que, já adulto, resolve se vingar dos moradores da cidade, roubando os presentes de suas árvores de Natal.
Com um elenco de apoio que deixou um pouco a desejar, Jim Carrey, só pra variar, salva o dia. A metamorfose foi apenas física, porque ele toma posse do personagem, imprimindo, como de costume, a sua personalidade escrachada e de deboche. Carrey foi uma escalação certeira para esse papel, ele deixa sua marca registrada e ninguém poderia ter representado com a perfeição que ele teve.
Faltou um pouco de magia, mais infantilidade, algumas piadas irônicas do tipo "Ai, essa retenção de liqüido concentrada na minha barriga..." só divertem os pais. A crítica da super comercialização do Natal foi ótima, é um tópico totalmente atual nestes tempos de capitalismo selvagem, mas daí, mais uma vez, usou-se a velha dobradinha clichê-pieguice para se passar a mensagem de que o Natal se trata de solidariedade, de união e de amor... Ou seja, se alguém esqueceu do significado do dia 25 de dezembro, pergunte para Ron Howard.
A criançada e os pais que as acompanharam ao cinema estavam mais interessados nas peraltices e nas piadas de Jim Carrey, que aliás poderiam ter sido melhor exploradas, se a intenção do filme fosse entreter. Mas parece que o diretor preferiu pegar pesado na crítica ao consumismo desenfreado, o que não está errado - mas a forma como ele quis aproximar o tema dos espectadores (lembrando que a maioria deles não tem mais que 5 anos de idade) não foi a mais correta.
No fim das contas, sem querer dar uma de estraga prazeres, O Grinch é um conto infantil decente entre tantas asneiras que já saíram dos estúdios de Hollywood este ano, o qual seres mais inocentes e menos críticos com certeza irão gostar. Democrático, o filme agrada a todas as faixas etárias, mas não espere algo inovador. Se é pra falar a verdade, uma produção com um orçamento tão grande teria se dado bem melhor nas mãos de alguém como Tim Burton ou Steven Spielberg.
Para engrossar a trama com mais 76 minutos, as cenas apresentadas no início e no final do filme saíram da cabeça dos roteiristas Jeffrey Price e Peter S. Seaman.
Grinch é um membro da população de Quemlândia um pouco diferente, ele é verde e peludo. E por esse motivo, ainda criança, sofre com o preconceito dos colegas de classe e acaba se isolando no alto de uma montanha bem na época do Natal. Daí em diante, todo ano ele amaldiçoa o dia da comemoração do aniversário de Jesus Cristo, até que, já adulto, resolve se vingar dos moradores da cidade, roubando os presentes de suas árvores de Natal.
Com um elenco de apoio que deixou um pouco a desejar, Jim Carrey, só pra variar, salva o dia. A metamorfose foi apenas física, porque ele toma posse do personagem, imprimindo, como de costume, a sua personalidade escrachada e de deboche. Carrey foi uma escalação certeira para esse papel, ele deixa sua marca registrada e ninguém poderia ter representado com a perfeição que ele teve.
Faltou um pouco de magia, mais infantilidade, algumas piadas irônicas do tipo "Ai, essa retenção de liqüido concentrada na minha barriga..." só divertem os pais. A crítica da super comercialização do Natal foi ótima, é um tópico totalmente atual nestes tempos de capitalismo selvagem, mas daí, mais uma vez, usou-se a velha dobradinha clichê-pieguice para se passar a mensagem de que o Natal se trata de solidariedade, de união e de amor... Ou seja, se alguém esqueceu do significado do dia 25 de dezembro, pergunte para Ron Howard.
A criançada e os pais que as acompanharam ao cinema estavam mais interessados nas peraltices e nas piadas de Jim Carrey, que aliás poderiam ter sido melhor exploradas, se a intenção do filme fosse entreter. Mas parece que o diretor preferiu pegar pesado na crítica ao consumismo desenfreado, o que não está errado - mas a forma como ele quis aproximar o tema dos espectadores (lembrando que a maioria deles não tem mais que 5 anos de idade) não foi a mais correta.
No fim das contas, sem querer dar uma de estraga prazeres, O Grinch é um conto infantil decente entre tantas asneiras que já saíram dos estúdios de Hollywood este ano, o qual seres mais inocentes e menos críticos com certeza irão gostar. Democrático, o filme agrada a todas as faixas etárias, mas não espere algo inovador. Se é pra falar a verdade, uma produção com um orçamento tão grande teria se dado bem melhor nas mãos de alguém como Tim Burton ou Steven Spielberg.