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A saga ''As Crônicas de Nárnia" tem início nos cinemas

Carlos Eduardo Lourenço Jorge - Folha de Londrina
09 dez 2005 às 12:19

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Assim como Tolkien, C.S. Lewis inventou outro universo paralelo, Nárnia, numa série de sete livros que começam a ser adaptados para o cinema - ©BVI/Disney
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Talvez porque o panorama sócio, político e econômico fosse tão brutal, tão feio, tão cinzento naquele momento do século 20, que J. R. R. Tolkien escolheu bater em retirada deste mundo rumo à Terra Média de ''O Senhor dos Anéis'', enquanto seu amigo (e discípulo em transbordamentos imaginativos) C.S. Lewis inventava outro universo paralelo, Nárnia.

A aproximação entre os dois escritores não foi casual, já que a obra de ambos é contemporânea e saída do mesmo clube literário, ''Os Inklings'', em cujas discussões, segundo biógrafos, se originaria uma relação tempestuosa, mas de mútua admiração.

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Mas além das coincidências históricas, é muito curioso que a dupla de ficcionistas desperte hoje, neste mundo convulsionado por estilos de vida frenéticos, racionais e com pouco ou nenhum tempo para a criatividade, uma verdadeira predisposição para a fuga, sem limites de idade e mesmo que por um par de horas, rumo a regiões da imaginação onde o bem e mal se enfrentam através de estereótipos à primeira vista infantis, mas carregados de simbolismo e filosofia.

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Nárnia é outro lugar mágico com ares medievais que foi o centro de sete novelas, ''As Crônicas de Nárnia'', com mais de 100 milhões de exemplares vendidos em livrarias de todos os cantos do globo. Agora, decorridas muitas décadas desde a publicação, o primeiro volume da saga, ''O Leão, a Feiticeira e o Armário'' chega à tela grande para euforia dos fãs.

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O lançamento é mundial, como já se tornou hábito com os blockbusters das grandes companhias. Somente no Brasil, entre dubladas e legendas, estão em cena 443 cópias.


Em meio a uma Londres que parecia derreter sob o inferno do massacrante bombardeio nazista, idos de 1940, quatro irmãos, Lucy, Edmund, Susan e Peter, que ainda não deixaram inteiramente para trás a infância, são enviados pela mãe para um velho e decadente casarão campestre que pertence a um velho professor (Jim Broadbent), local em que estarão mais seguros.

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Ninguém diria que neste casarão há uma porta que se abre para uma outra dimensão, oculta num guarda-roupa. As crianças, claro, fazem a travessia do penoso mundo real e chegam a Nárnia, um universo de fantasia onde habitam centauros, faunos e feiticeiras perversas.


A mais malvada é sem dúvida a Bruxa Branca (a inglesa Tilda Swinton seria Michelle Pfeifer, não fossem compromissos maternais da atriz). A vilã condenou Nárnia ao inverno eterno, um cruel capricho ao qual não se conforma o nobre leão Aslan.

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É evidente que a valente fera contará com a ajuda do quarteto visitante para complicar a vida da Bruxa Branca. Mas até que as coisas se resolvam, muitas e muitas maravilhas vão rolar na sala escura neste dezembro amplamente dominado por seres exóticos, encantados e/ou oníricos a estes vai se juntar o ''King Kong'' do neozelandês Peter Jackson, a partir da próxima sexta.


Quem se encarregou de transpor ao cinema uma odisséia de tal calibre foi a produtora Disney, que assumiu o desafio esperando seguir os lucrativos passos da trilogia ''O Senhor dos Anéis''. E quem conduziu o projeto foi um conterrâneo de Peter Jackson, Andrew Adamson, até então somente lidando, e bem, com animação: são dele os dois ''Shrek''.

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Esta primeira parte de ''As Crônicas de Nárnia'' (a franquia está aberta e pode gerar seis outros títulos, desde que o box office não se oponha...) obriga fatalmente, por seu caráter de saga e de adaptação de fonte literária limítrofe, a duas comparações, justamente ''Lord of the Rings'' e ''Harry Potter''.


Nárnia é um filme sobre magia, centrado num mundo inventado e que, portanto, requer boa dose de criatividade digital. Os efeitos especiais aqui não têm muito que invejar daquelas duas séries citadas. Como no primeiro, há sequências impressionantes de exércitos, neste caso de animais. E como no caso de Potter, acontece às vezes que as imagens parecem mais de um videogame do que de um filme.


Mas o tom geral é de magnitude, com alucinantes planos gerais carregados de novidades visuais e aqui o parentesco mais sensível é com Harry Potter. Imagens e história são mais dirigidos ao público infantil, já que os adultos, embora desfrutando o filme como entretenimento, não vão encontrar aqui o caráter épico e mais profundo de ''O Senhor dos Anéis'' espalhado por suas três partes.

''O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa'' é bonito de ver, mas não incorporou matéria-prima essencial no gênero, aquele caráter de novidade. Além disso, caso a saga prossiga, é de esperar que seus criadores se arrisquem mais e introduzam algo mais de sentimento e força numa história que às vezes se mostra rígida superficial, mesmo arrancando emoções fortes em muitos momentos.


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