Os bitolados fãs de quadrinhos, sempre pentelhos à enésima potência quando o assunto são adaptações cinematográficas, podem poupar seus destruidores comentários quanto ao filme "Mulher-Gato", que chega aos cinemas brasileiros. O público leigo em super-heróis (ou seja, a maior parte das pessoas que assistem este tipo de filme no cinema) já fará o trabalho de apontar o polegar pra baixo para o longa-metragem, que tem uma história tão cretina que até mesmo para os fãs da Temperatura Máxima vai ser muito difícil de gostar.
A personagem que dá título ao filme tem como identidade secreta a sonsa Patience Philips (Halle Berry), que trabalha como designer de um império dos cosméticos, a Hedare Beauty, comandada pelo tirânico George Hedare (Lambert Wilson) e sua esposa, a modelo quarentona Laurel (Sharon Stone). A empresa está para lançar no mercado um revolucionário creme facial contra o envelhecimento.
Insatisfeito com o desenho da embalagem do novo produto, o chefão humilha Patience, mas lhe dá um dia de prazo para redesenhar. Terminada a tarefa, ela vai entregar a arte na fábrica da Hedare Beauty, mas sem querer acaba descobrindo que o novo produto é altamente nocivo. Ela é assassinada para não revelar o misteriosos segredo.
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Seu corpo é jogado em uma saída de esgoto e vários gatos o rodeiam. Um deles, de uma raça conhecida como mal egípcio (a mesma encontrada nos túmulos dos faraós) lhe traz de volta à vida e ainda lhe dá habilidades felinas como cair sobre quatro "patas", dar altos pulos, escalar paredes, além de um grande sentimento de independência.
A partir daí ela sai em busca de vingança pessoal contra seu chefe. De lambuja, procura evitar que o novo cosmético seja lançado no mercado, para o bem da humanidade. Constrangedor, não? Na dúvida (se houver), continue com a mulher-gato de 'Batman 2', do diretor Tim Burton, que é bem mais convincente, sem contar que adquiriu sua personalidade felina por perturbações psicológicas, o que é bem mais interessante e aceitável.