Um policial alcoólatra e portanto em crise, recebe como missão aparentemente banal levar um preso para testemunhar no tribunal. São oito da manhã, ele tem 108 minutos para chegar ao local combinado.
O que o herói não sabe é que alguns policias serão denunciados pela testemunha, e daí que o percurso das 16 quadras do título vão virar um inferno numa Nova York pós 11 de setembro.
O policial é Bruce Willis, a testemunha é o hip-hopeiro Mos Def e o chefe dos tiras corruptos é David Morse, aliás o melhor em cena. O diretor é o veterano Richar Donner, que aos 75 anos ainda se lembra direitinho de todas as lições de thriller de ação que deu nos anos 1980 e 90. Willis repete um personagem que todos conhecemos de memória. Mas que ele faz sempre com competência, o que de certa forma exige algum talento.
O roteiro tem mais furos que uma peneira, mas o público a que o filme se destina não está a fim de peneirar nada, portanto o que resta a curtir é aquele corre-corre desenfreado contra o tempo e contra os bandidos. Embora aqui os mocinhos não sejam lá nada santos.
O melhor da história é que Donner evita aquela armadilha surrada dos contrários (Willis e Def) que se tornam amiguinhos diante das adversidades. O máximo que se consentem mutuamente é um certo respeito que vai deixar suas sementes. Dá para assistir, sem maiores sustos.