Há anos elas estão por toda parte. E, em 2015, parecem ter voltado no tempo. Sinônimos de cifras astronômicas e histórias não tão originais assim, as franquias dominaram a lista dos filmes mais vistos deste ano. Até o momento, entre as dez maiores bilheterias nos Estados Unidos, sete são continuações de sagas famosas. No Brasil, o número também chega perto: seis produções.
A diferença, agora, está no cardápio. Mesmo com elementos em comum, especialmente os grandes orçamentos, os filmes estão surgindo mais variados, retomando marcas antigas, cultuadas o bastante para garantir o retorno comercial esperado pelos estúdios. Uma alternativa ao domínio de super-heróis, animações e das recentes distopias e romances adolescentes.
O cinema está olhando para trás. Com histórias e personagens que foram sucessos em outras décadas, "007 contra Spectre", "Mad Max", "Missão Impossível" e "O Exterminador do Futuro" brilharam nas bilheterias de 2015.
Com exceção de "Mad Max", que bateu recorde geral, todas as outras produções registraram o segundo melhor desempenho de suas respectivas franquias no mundo. E "Star Wars: O Despertar da Força" ainda vem por aí, com a expectativa de quebrar o recorde de "Avatar" (2009) como a maior arrecadação da história, levando em conta os ingressos já vendidos para a estreia, no dia 17 de dezembro.
Aliás, é "Star Wars" que vai definir se 2015 quebrará o recorde de bilheteria acumulada na América do Norte, que hoje pertence a 2013, quando os filmes lançados acumularam US$ 10,9 bilhões. Impulsionada pelo mercado chinês, a bilheteria mundial também deve bater recorde e ultrapassar os US$ 35,9 bilhões de 2013, com analistas prevendo um total de US$ 39 bilhões.
A estratégia de criar e, agora, retomar sequências de sucesso, quase sempre espetaculosas, é a tônica de Hollywood. Uma repetição que pode também ser entendida como o início do desgaste no formato mina de ouro a ser garimpada de todas as formas e até o fim.
(com informações do site UOL)