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Entenda como American Horror Story mudou a TV

Redação Bonde
06 out 2015 às 17:36
- Divulgação
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Existem algumas séries de TV que facilmente poderiam ser chamadas de pseudo-vanguardistas. "Vanguardistas" porque estão à frente de uma tendência e "pseudo" porque no final das contas – nesse mundão de Deus – ninguém está realmente fazendo nada de novo. Porém, no que diz respeito ao que se produz na televisão americana, sempre temos um ou outro título que se torna responsável por reviver o interesse do público pelo gênero ou estilo vigente.

Quando Arquivo X se tornou um sucesso, muitos procedurais começaram a usar mais histórias centrais que interligassem as temporadas. Quando Família Sopranos se tornou uma unanimidade, vários outros showrunners começaram a ter mais liberdade para criar em torno do conceito de amoralidade absoluta. Quando Lost transformou as narrativas em um diálogo direto com as capacidades intelectuais do espectador, ficou bem mais fácil apostar em ousadia. Naturalmente, as reproduções de um mesmo modelo – que já era cheio de referências – começaram a surgir incontavelmente e reorganizaram os objetivos comerciais.

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Assim que o FX anunciou a chegada de American Horror Story no ano de 2011, não estava anunciando uma linguagem original. Mas, exatamente porque as antologias não eram parte do cotidiano do seriador regular, a sensação era de que estávamos diante de algo totalmente novo. E que, obviamente, começou a gerar investimentos na área a medida em que o sucesso foi estabelecido. Poderia ser que True Detective, Fargo ou American Crime viessem a existir mesmo que American Horror Story não tivesse chegado antes. Mas, sem dúvida, a boa recepção ao projeto de Murphy fez toda diferença nesse processo.

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Mitologia Antológica
As séries chamadas "antológicas" ficaram mais conhecidas agora por terem temporadas fechadas com uma história linear e sem aberturas para continuações. Porém, quando o gênero nasceu (lá na primeira grande era de ouro da televisão) o nome também servia para designar séries em que os episódios também não tinham conexão alguma entre si. Eram histórias isoladas que compunham o tom de uma temporada. Esse é o caso de algumas das primeiras antologias de que se podem encontrar informações, Lights Out (1946) e Kraft Television Theatre (1947), ambas da NBC, uma começando no rádio e a outra na televisão. Uma focando no horror e a outra no drama, as duas estéticas que também fulguram no cenário contemporâneo dos produtos do gênero.
(com informações do site Omelete)


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