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Conheça Antonioni, o cinema que pensa por imagens

Agência Estado
26 abr 2017 às 10:10
- Divulgação/Adoro Cinema
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As histórias são sempre um tanto estranhas. Uma mulher desaparece num passeio de barco no Mediterrâneo. A deterioração de um casal belo, porém minado por infidelidades mútuas. Outro casal que se forma, mas condenado, desde o princípio, à separação. Não é um cinema otimista, o de Antonioni. Construído com rigor formal extremo, parece ir ao cerne dos personagens, dando forma a um existencialismo cinematográfico em sua elaboração máxima. É um momento em que o cinema nada fica a dever à filosofia ou à mais alta literatura.

Cinema que pensa por meio de imagens. Como, por exemplo, o final de O Eclipse, sem palavras, em que a natureza parece falir aos poucos com o sol que se esconde. Não se trata apenas de um fenômeno natural; é o fim de um mundo, a implosão melancólica de um modo de vida e uma civilização.

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Podemos preferir o Antonioni apocalíptico de Deserto Rosso. Ou o enigmático de Blow-Up - Depois Daquele Beijo, adaptado do conto Las Babas del Diablo, de Cortázar, filme signo da agitação vazia dos sixties. Ou Passageiro - Profissão: Repórter, com Jack Nicholson como o homem que se perde ao tentar mudar de identidade. Ou ainda, o Antonioni documentarista, com seu magnífico e extenso China. Você decide o que é melhor. Só não deixe de ver. É experiência rara.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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