A atriz Shirley Temple morreu nesta segunda-feira, 10, aos 85 anos, de causas naturais em sua casa, na Califórnia, cercada por familiares. "Nós a saudamos por uma vida de realizações notáveis como atriz, diplomata, e ... nossa querida mãe, avó e bisavó", disse a família em comunicado.
Foi uma criança prodígio, começou a ter aula de dança aos 3 anos de idade e iniciou a carreira de atriz, logo foi contratada para participar de uma série chamada Baby Burlesks. No mesmo ano, atuou numa sucessão de curtas-metragens e filmes, incluindo Olhos Encantadores (1934), Alegria de Viver (1934), seu primeiro filme feito por um grande estúdio, e A Pequena órfã (1935). Shirley foi ganhadora de prêmio especial 'baby Oscar', – uma estatueta com metade do tamanho normal –, entregue em 1935, aos seis anos de idade. Em 1960, a atriz ganhou uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood.
Sua figura foi marcante, com seus característicos cachinhos dourados, tornou-se fenômeno infantil ao atuar, cantar, sapatear. Participou de vários filmes, como Heidi e Olhos Encantadores.
Sua graça conquistou fãs no mundo inteiro e foi campeã de bilheteria de 1935 a 1938 com seu eterno sorriso. Atuou em 43 filmes, mas não teve o mesmo sucesso na idade adulta. Deixou o cinema em 1949, com apenas 22 anos de idade.
Em 1967, ela concorreu ao Senado norte-americano, mas não conseguiu se eleger, foi chefe de protocolo para o presidente Gerald Ford (1976-1977) e membro da delegação americana. Shirley Temple se tornou diplomata, servindo como embaixatriz em países como Checoslováquia e Gana.
Em 2001, a atriz foi consultora na produção da rede ABC de televisão, Child Star: The Shirley Temple Story, baseada na primeira parte de sua auto-biografia.
Foi casada duas vezes. Aos 17 anos, com um soldado chamado Jack Agar, mas o casamento durou somente quatro anos. Tiveram uma filha, Linda Susan. Em 1950, se casou com Charles Black, antigo oficial da Marinha. Tiveram dois filhos, Charlie Jr. e Lori.