A Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) elegeu nessa semana os 100 maiores filmes brasileiros de todos os tempos. Cem críticos e jornalistas especializados do país (incluindo nossos editores Francisco Russo, Lucas Salgado e Bruno Carmelo) montaram um ranking amplo, eclético, em que o mais antigo citado também foi escolhido o melhor: Limite. A produção de 1931 é o primeiro e último longa-metragem escrito e dirigido por Mario Peixoto.
Curiosamente, apenas a década seguinte não tem um representante na lista. Dos primeiros anos da produção nacional a toda a evolução da Retomada, a lista contempla do Cinema Novo de Glauber Rocha ao Cinema Marginal de Rogério Sganzerla, dos emocionantes documentários do saudoso Eduardo Coutinho ao mais premiado curta-metragem de Jorge Furtado. E há espaço para produções bem conhecidas de José Padilha, Anna Muylaert, Walter Salles, dos Trapalhões e de José Mojica Marins, o Zé do Caixão.
"Foram citados 379 filmes, número surpreendente para uma cinematografia construída sobre ciclos", disse Paulo Henrique Silva, presidente da Abraccine, ressaltando a importância de todas as outras produções lembradas. Porém, apenas o ranking será eternizado no livro "Os 100 Melhores Filmes Brasileiros", que será lançado em 2016 pela editora Letramento. A publicação será o primeiro de uma série coordenada pela entidade.
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Conheça os 100 melhores filmes brasileiros e aproveite o final de semana para assistir seus favoritos!
1. Limite (1931), de Mario Peixoto.
2. Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), de Glauber Rocha.
3. Vidas Secas (1963), de Nelson Pereira dos Santos.
4. Cabra Marcado para Morrer (1984), de Eduardo Coutinho.
5. Terra em Transe (1967), de Glauber Rocha.
6. O Bandido da Luz Vermelha (1968), de Rogério Sganzerla.
7. São Paulo S/A (1965), de Luís Sérgio Person.
8. Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles.
9. O Pagador de Promessas (1962), de Anselmo Duarte.
10. Macunaíma (1969), de Joaquim Pedro de Andrade.
11. Central do Brasil (1998), de Walter Salles.
12. Pixote, a Lei do Mais Fraco (1981), de Hector Babenco.
13. Ilha das Flores (1989), de Jorge Furtado.
14. Eles Não Usam Black-Tie (1981), de Leon Hirszman.
15. O Som ao Redor (2012), de Kleber Mendonça Filho.
16. Lavoura Arcaica (2001), de Luiz Fernando Carvalho.
17. Jogo de Cena (2007), de Eduardo Coutinho.
18. Bye Bye, Brasil (1979), de Carlos Diegues.
19. Assalto ao Trem Pagador (1962), de Roberto Farias.
20. São Bernardo (1974), de Leon Hirszman.
21. Iracema, uma Transa Amazônica (1975), de Jorge Bodansky e Orlando Senna.
22. Noite Vazia (1964), de Walter Hugo Khouri.
23. Os Fuzis (1964), de Ruy Guerra.
24. Ganga Bruta (1933), de Humberto Mauro.
25. Bang Bang (1971), de Andrea Tonacci.
26. A Hora e a Vez de Augusto Matraga (1968), de Roberto Santos
27. Rio, 40 Graus (1955), de Nelson Pereira dos Santos
28. Edifício Master (2002), de Eduardo Coutinho
29. Memórias do Cárcere (1984), de Nelson Pereira dos Santos
30. Tropa de Elite (2007), de José Padilha
31. O Padre e a Moça (1965), de Joaquim Pedro de Andrade
32. Serras da Desordem (2006), de Andrea Tonacci
33. Santiago (2007), de João Moreira Salles
34. O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969), de Glauber Rocha
35. Tropa de Elite 2 – O Inimigo Agora é Outro (2010), de José Padilha
36. O Invasor (2002), de Beto Brant
37. Todas as Mulheres do Mundo (1967), de Domingos Oliveira
38. Matou a Família e Foi ao Cinema (1969), de Julio Bressane
39. Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), de Bruno Barreto
40. Os Cafajestes (1962), de Ruy Guerra
41. O Homem do Sputnik (1959), de Carlos Manga
42. A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral
43. Sem Essa Aranha (1970), de Rogério Sganzerla
44. SuperOutro (1989), de Edgard Navarro
45. Filme Demência (1986), de Carlos Reichenbach
46. À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1964), de José Mojica Marins
47. Terra Estrangeira (1996), de Walter Salles e Daniela Thomas
48. A Mulher de Todos (1969), de Rogério Sganzerla
49. Rio, Zona Norte (1957), de Nelson Pereira dos Santos
50. Alma Corsária (1993), de Carlos Reichenbach
51. A Margem (1967), de Ozualdo Candeias
52. Toda Nudez Será Castigada (1973), de Arnaldo Jabor
53. Madame Satã (2000), de Karim Ainouz
54. A Falecida (1965), de Leon Hirzman
55. O Despertar da Besta – Ritual dos Sádicos (1969), de José Mojica Marins
56. Tudo Bem (1978), de Arnaldo Jabor (1978)
57. A Idade da Terra (1980), de Glauber Rocha
58. Abril Despedaçado (2001), de Walter Salles
59. O Grande Momento (1958), de Roberto Santos
60. O Lobo Atrás da Porta (2014), de Fernando Coimbra
61. O Beijo da Mulher-Aranha (1985), de Hector Babenco
62. O Homem que Virou Suco (1980), de João Batista de Andrade
63. O Auto da Compadecida (1999), de Guel Arraes
64. O Cangaceiro (1953), de Lima Barreto
65. A Lira do Delírio (1978), de Walter Lima Junior
66. O Caso dos Irmãos Naves (1967), de Luís Sérgio Person
67. Ônibus 174 (2002), de José Padilha
68. O Anjo Nasceu (1969), de Julio Bressane
69. Meu Nome é... Tonho (1969), de Ozualdo Candeias
70. O Céu de Suely (2006), de Karim Ainouz
71. Que Horas Ela Volta? (2015), de Anna Muylaert
72. Bicho de Sete Cabeças (2001), de Laís Bondanzky
73. Tatuagem (2013), de Hilton Lacerda
74. Estômago (2010), de Marcos Jorge
75. Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), de Marcelo Gomes
76. Baile Perfumado (1997), de Paulo Caldas e Lírio Ferreira
77. Pra Frente, Brasil (1982), de Roberto Farias
78. Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia (1976), de Hector Babenco
79. O Viajante (1999), de Paulo Cezar Saraceni
80. Anjos do Arrabalde (1987), de Carlos Reichenbach
81. Mar de Rosas (1977), de Ana Carolina
82. O País de São Saruê (1971), de Vladimir Carvalho
83. A Marvada Carne (1985), de André Klotzel
84. Sargento Getúlio (1983), de Hermano Penna
85. Inocência (1983), de Walter Lima Jr.
86. Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis
87. Os Saltimbancos Trapalhões (1981), de J.B. Tanko
88. Di (1977), de Glauber Rocha
89. Os Inconfidentes (1972), de Joaquim Pedro de Andrade
90. Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (1966), de José Mojica Marins
91. Cabaret Mineiro (1980), de Carlos Alberto Prates Correia
92. Chuvas de Verão (1977), de Carlos Diegues
93. Dois Córregos (1999), de Carlos Reichenbach
94. Aruanda (1960), de Linduarte Noronha
95. Carandiru (2003), de Hector Babenco
96. Blá Blá Blá (1968), de Andrea Tonacci
97. O Signo do Caos (2003), de Rogério Sganzerla
98. O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias (2006), de Cao Hamburger
99. Meteorango Kid, Herói Intergalactico (1969), de Andre Luis Oliveira
100. Guerra Conjugal (1975), de Joaquim Pedro de Andrade (*)
101. Bar Esperança, o Último que Fecha (1983), de Hugo Carvana (*)
(*) Empatados na última colocação, com o mesmo número de pontos.
(com informações do site UOL)